Moradora de São Vicente (SP), a autônoma Arlete dos Reis Guimarães, 38 anos, ficou presa injustamente por 13 dias após um erro da Polícia Civil durante as investigações. A informação é do Metrópoles.
A mulher foi presa por “suspeita de associação ao tráfico” no fim de 2019, no âmbito da Operação Terabyte.
Os agentes investigaram o IMEI — número de identificação — do celular e a voz de uma mulher, que levaram a Arlete, que se disse inocente.
“O IMEI forneceu um número de telefone que, a princípio, era o dela. No entanto, quando é feito o painel do vigia, que é o sistema que a gente identifica as linhas pelo IMEI, tem uma demora. Posteriormente, quando consultamos novamente, vimos que houve o erro em um dos números do telefone. O telefone dela [Arlete] com o da investigada verdadeira só muda o número 1”, explicou o delegado Bruno Lázaro, que confirmou a inocência de Arlete.
A autônoma contou ainda que, durante o tempo em que esteve na prisão, entrou em desespero.
“Na minha família não tem gente bandida, é todo mundo trabalhador. Sou autônoma, trabalho por conta própria. Entrei em desespero quando recebi a notícia da prisão e expliquei que tinha trocado de operadora e chip em setembro, então que poderia ter ocorrido um engano”, relembrou.
Arlete afirmou também que vai entrar com uma ação contra o Estado. “Quero saber de onde partiu esse erro”, prosseguiu.
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