Pernambuco atingiu, nesta quinta (16), a marca de 738, 8 mil pessoas que estão com atraso na segunda dose da vacina contra a Covid-19. O número foi anunciado pelo secretário estadual de Saúde, André Longo, durante entrevista coletiva na sede do governo, no Centro do Recife. “Esse público vem aumentando e nos preocupa”, disse o gestor.
Na segunda-feira (13), o governo havia anunciado que 600 mil moradores precisam tomar a segunda dose. Ou seja, em três dias, mais 140 mil pernambucanos entraram na lista de quem precisa finalizar o esquema vacinal.
Também nesta quinta, o estado orientou que os municípios mantenham a vacinação contra a Covid-19 para adolescentes entre 12 e 17 anos, sem doenças pré-existentes.
Para isso, as 184 cidades devem usar apenas o imunizante da Pfizer, já que esta é a única vacina com aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em menores de idade a partir de 12 anos.
A decisão do governo estadual de manter a imunização dos adolescentes contaria uma recomendação do Ministério da Saúde, feita na quarta-feira (15).
Dia D
O secretário de Saúde de Pernambuco ressaltou a necessidade de as pessoas procurarem os postos de imunização para encerrar o processo de imunização. Ele voltou a convocar a população para participar do Dia D contra a Covid-19, em 25 de setembro.
Na entrevista, André Longo fez uma comparação com Portugal, que suspendeu o uso obrigatório da máscara em espaços abertos.
“É importante dizer que essa decisão só foi possível por eles terem atingido mais de 80% da população com o esquema vacinal completo. Precisamos seguir estes bons exemplos”, afirmou.
O secretário disse, ainda, que é necessário atingir o público que está em atraso, sobretudo, por causa da presença da variante delta no estado.
“Precisamos do compromisso de cada pernambucano com a vida e a saúde de todos. O quanto antes forem feitas as duas doses, mais rápido haverá uma proteção mais robusta contra Covid”, comentou.
O secretário aproveitou a coletiva para expressar a preocupação com o ritmo de vacinação dos adolescentes.
Para Longo, um fator que gera problema para esse público é a dependência, muitas vezes, de um adulto para leva-lo para o ponto de imunização.
“Ele pode tá com vontade de tomar vacina, mas depende do responsável. Assim, qualquer ruído de comunicação com esse público gera uma incerteza e poder assim atrapalhar o avanço do processo”, declarou.
AstraZeneca
Sobre a falta de vacina da Astrazeneca para a segunda dose, André Longo afirmou que 40 cidades relataram o problema. Ele disse que espera receber novos lotes do imunizante, nos próximos dias.
Ainda de acordo com Longo, caso não cheguem doses em número suficiente de AstraZeneca, no Dia D da imunização, o governo recomenda o uso de Pfizer para fazer o complemento.
As pessoas que já tiverem com mais de 90 dias de vacinação, a orientação vai ser usar a vacina da fazer para completar o esquema vacinal”, afirmou Longo.
Representante da Sociedade Brasileira de Imunologia, Eduardo Jorge Fonseca de Lima disse que, de todos os esquemas heterólogos, que significa misturar vacina, o que tem mais estudos que comprovam a sua eficácia é tomar a primeira dose de ter astrasand e a segunda dose de PPfizer.
“Na falta de AstraZeneca, não temos a menor dúvida que o esquema de fazer a primeira com AstraZeneca e a segunda com Pfizer é seguro e eficaz”, declarou.
(Via: G1 PE)
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