A descoberta pode ajudar a entender porque o vírus se espalhou tão rapidamente quando os primeiros casos começaram a surgir no Brasil, em 2015. Já se sabia que o vírus da zika poderia ser transmitido sexualmente entre humanos, mas a contaminação entre mosquitos era novidade.
Os testes para comprovar a contaminação foram feitos nos laboratórios da Fiocruz, no Rio. Técnicos coletaram ovos dos mosquitos no Rio e em Goiânia. Já na fase adulta, machos e fêmeas que não estavam contaminados foram separados em gaiolas.
Depois, os pesquisadores infectaram os mosquitos em laboratório com o vírus da zika, e em seguida fizeram os cruzamentos. Primeiro, das fêmeas infectadas com machos virgens. E em seguida, dos machos contaminados com as fêmeas sem o vírus. A transmissão ficou comprovada nas duas situações.
A descoberta dos pesquisadores foi publicada numa importante revista científica internacional. No auge da doença no Brasil, foram registrados mais de 214 mil casos (214.727) no ano passado, e a doença virou uma ameaça principalmente para as gestantes por causa do risco de microcefalia nos bebês.
Embora os números tenham despencado em 2017, a descoberta reforça o alerta já conhecido. Com a chegada do verão, o mosquito aedes egypit só precisa de água limpa e parada pra se reproduzir.
(G1)
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