Sem alarde, nesta semana que passou, antes de Bolsonaro viajar para Curitiba, os dois já se encontraram em Brasília, no gabinete do deputado federal.
A composição entre os militares ainda precisa do aval do deputado federal Luciano Bivar, presidente do PSL Nacional e cacique da legenda no Estado de Pernambuco. Responsável por garantir legenda a Bolsonaro, Bivar está nos Estados Unidos e volta na próxima segunda-feira.
Na terça-feira, os três deverão ter uma reunião, em Brasília, para possivelmente bater o martelo. “Só falta o olho no olho”, revela uma fonte do blog.
O coronel Meira, nesta mesma terça-feira, deve assinar a ficha de filiação no partido, em Brasília.
Antes de viajar a Brasília, para o encontro com Bolsonaro na terça-feira, na segunda-feira, em Pernambuco, o coronel Meira pode ter uma conversa pessoal com o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, do PSC, para explicar a convocação.
Depois de ter abandonado o Metro do Recife, no ano passado, o militar assumiu como secretário de Ordem Pública de Jaboatão dos Guararapes, com sua equipe. Na área política, Meira tem um irmão prefeito, em Camaragibe, que também usa o mesmo sobrenome, mas os dois não são próximos.
De acordo com fontes do partido, o presidenciável ficou animado. Jair Bolsonaro somente deveria voltar ao Estado no mês de julho, em meio a sua pré-campanha presidencial. Nesta semana que passou, a agenda mudou. A visita de Bolsonaro agora deve ser realizada nos dias 26 e 27 de abril, na capital pernambucana.
A antecipação da visita tem uma explicação simples. Avançaram bastante as negociações de bastidores para que o presidenciável do PSL tenha um palanque local, com um candidato a governador do Estado e deputados federais e estaduais.
A estratégia está sendo tocada por um grupo de trabalho da cúpula do PSL e inclui a escolha de dois deputados, um federal e um estadual, com nomes ligados também a área de segurança.
A ideia inicial do partido era compor uma chapa com um nome de Caruaru, Sílvio Nascimento, do PSL local, mas depois as discussões evoluíram para um nome já reconhecido e com penetração em todo o Estado, com um estilo bastante próximo ao do capitão Bolsonaro.
Na época, 2005, políticos e entidades de direitos humanos fizeram um grande alarde na mídia contra a atitude do policial.
Parlamentares da antiga oposição até se juntaram aos estudantes na frente do palácio do Governo. Discursos inflamados na Alepe foram proferidos.
No ano de 2008, o mesmo tipo de “gravata” (imobilização) provocou a morte de um garoto de 13 anos e o colunista do JC Paulo Sérgio Scarpa questionou onde estavam os políticos, os parlamentares e os defensores dos direitos humanos?
“Verdade que o Cendhec se colocou à disposição da família do garoto para dar-lhe proteção, o que será feito pelo Gajop. Mas as duas entidades, além do MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos), ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto com a mesma veemência do passado. Omissão ou cooptação?”
“A gravata do coronel Meira imobilizou o tal estudante que protestava nas ruas do centro, mas sem produzir conseqüências mais graves. A gravata do aspirante a PM matou uma pessoa, tornando ainda mais constrangedora a branda reação de entidades e políticos em torno do episódio”, registrou o blog, na época.
Fonte: Blog do Jamildo
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