Candidato ao Palácio do Planalto, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tentou desvincular seu nome e do partido do atual governo federal comandado pelo presidente Michel Temer (MDB). Em entrevista à Globonews, ele disse que não apoiou a entrada do PSBD no governo que assumiu após o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Por mim não teria de ter entrado para não precisar sair do governo”, destacou. Questionado sobre como terá legitimidade para fazer as reformas que vem prometendo, fez uma crítica a Temer: “Sem voto você é um presidente intruso, é diferente quando você é eleito”.
Durante a entrevista, Alckmin buscou ainda fazer promessas para a área da economia. “Se nós ganharmos a eleição a Bolsa [de valores] vai lá pra cima. Faremos as reformas que são necessárias, em seis meses: política, previdenciária, tributária e de Estado”, afirmou.
Ao falar sobre a ligação de seu governo pessoas envolvidas em escândalos de corrupção, especialmente das investigações envolvendo o Rodoanel, o ex-governador disse não ter ligação com Paulo Viera de Souza, o Paulo Preto, apontado como operador financeiro do PSDB.
“E importante esclarecer: o Paulo Vieira de Souza – o Paulo Preto – nunca foi filiado ao partido. Ele declarou que nunca me cumprimentou. Quando eu assumi o governo em 2011, ele já estava fora”, afirmou.
O tucano ainda declarou acreditar na inocência do Laurence Casagrande Lourenço, ex-presidente da Dersa acusado de desviar R$ 600 milhões da obra do Rodoanel. “Eu confio no Laurence, ele está sendo vítima de uma injustiça. O Laurence é pessoa de vida modesta”.
Alckmin é o quarto presidenciável entrevistado nesta semana pela Globonews. Na última segunda-feira (30/7), jornalistas da emissora sabatinaram Álvaro Dias (Podemos). Na terça (31), ouviram Marina Silva (Rede) e na quarta (1º/8) Ciro Gomes (PDT). Para esta sexta-feira (3), é aguardado o candidato do PSL, Jair Bolsonaro.
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