Caso foi investigado pelo DPCA - Foto: Divulgação / PCPE
JC Online
Em coletiva na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia Civil deu detalhes sobre a investigação que levou à prisão de um comerciante de 54 anos, suspeito de estuprar uma adolescente 13 no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. De acordo com o gestor do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), delegado Ademir Oliveira, o suspeito era amigo próximo da família da vítima, que é portadora de uma deficiência intelectual.
“A menina tem a mentalidade similar a de uma criança de 6 anos, e o suspeito se aproveitava dessa condição para praticar o crime”, afirmou Oliveira.
Segundo as investigações, o homem, que era dono de um pequeno comércio, frequentava a mesma igreja que os familiares da vítima, além de ser casado e pai de duas mulheres adultas, também já casadas.
“Ele aparentava ser uma pessoa acima de qualquer suspeita”, explicou o delegado, “esse homem se aproveitava da proximidade com a família da adolescente, que frequentava a casa dele”. A vítima ia para a residência do suspeito todas as tardes.
De acordo com a polícia, os estupros aconteciam no período da tarde, quando a esposa do comerciante saía de casa para cumprir obrigações na igreja evangélica que frequentavam. “Ele praticava diversos atos libidinosos que evoluíram para estupro logo depois”, relatou Oliveira.
Diretora da escola desconfiou
A diretora da escola que a vítima frequenta desconfiou dos abusos por mudanças no corpo da adolescente.
Após a família ser chamada na escola, a adolescente contou dos abusos para a irmã mais velha. “Ela conseguiu relatar o caso com dificuldade, por conta da condição mental dela”, explicou Oliveira.
O Instituto de Medicina Legal (IML) realizou um exame sexológico na menina. A perícia comprovou o rompimento do hímen. “Desconfiava-se de gravidez, mas não foi confirmada pelos exames”, afirmou o delegado.
O homem foi localizado pela polícia no bairro do Arruda, onde estava escondido, e preso no bairro da Madalena. Ele foi levado para o Centro de Observação Criminológica e Triagem de Abreu e Lima (Cotel), onde aguarda julgamento pela Vara da Criança e da Juventude do Recife.
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