Um engenheiro agrônomo francês foi condenado a pagar R$ 30 mil em danos morais após se recusar a alugar um flat a um casal gay na Alameda Ministro Rocha Azevedo, nos Jardins, bairro nobre de São Paulo.
No dia da mudança, o inquilino, que é médico, já com os móveis carregados, ao chegar ao local foi informado que não poderia entrar no apartamento porque o locador desistiu do negócio, sem comunicação prévia, porque descobriu que era para um casal homossexual e proibiu a entrada.
A administradora de imóveis mostrou à vítima as mensagens do proprietário, Charles Hachem El Helou. "Não posso fechar por um casal gay, para esse tipo do cliente gay eu não quero alugar", disse o homem, que completou: "gay e traveco não dá, eles são gay, não posso alugar para viados".
A pessoa que intermediava o contrato citou que nunca havia passado por situação como essa. O caso foi parar não só na Justiça como também na delegacia, com um boletim de ocorrência relatando injúria.
"O gay, o negro, o pobre, não é escória. Ele tem que ser respeitado", afirmou a vítima, identificada como João Pinheiro Neto.
"No passado, sofri muito preconceito, nunca me posicionei e não tive o direito de me posicionar. Hoje, as coisas são diferentes. Eu acredito que isso vai ser diferente para outras pessoas também. Espero que essa história inspire outras pessoas a se posicionarem diante desse tipo de situação", declarou.
Charles não apresentou defesa ao longo do processo. Apesar da condenação, cabe recurso.
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