A Defensoria Pública do Estado do Piauí apresentou um recurso em sentido estrito buscando a absolvição de Francisco Jefferson da Silva Cruz, apelidado de "Anjo da Morte". Cruz é membro da facção criminosa "Comando Vermelho" e foi acusado de tentar assassinar André de Almeida Sousa e Silva, advogado e filho do presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Hilo de Almeida. A juíza Maria do Perpetuo Socorro Ivani de Vasconcelos da 1ª Vara Criminal de Parnaíba o pronunciou para ser julgado pelo Tribunal Popular do Júri. Caso a absolvição não seja concedida, o defensor solicita a desclassificação da acusação para homicídio privilegiado e a exclusão das qualificadoras. As informações são do Ronda 180 Graus.
Segundo a petição de recurso, as evidências unidas ao processo indicam que o acusado não cometeu o crime, mas agiu em legítima defesa, em meio a uma intensa emoção após ser provocado pela vítima. O defensor sustenta que Cruz usou a força de maneira moderada, empregando apenas um único disparo de arma de fogo para pôr fim à agressão que estava sofrendo. Alega também que ele estava em desvantagem, já que a vítima estava acompanhada por outro indivíduo.
O recurso destaca que os depoimentos feitos em juízo apontam que o acusado foi injustamente provocado pelo advogado. A provocação envolveu Cruz exibindo partes íntimas para mulheres que o acompanhavam e enfrentando agressões verbais e físicas por parte da vítima.
O defensor, Antonio Caetano de Oliveira Filho, contesta as qualificadoras presentes na decisão de pronúncia. Ele argumenta que essas qualificadoras, que incluem motivo fútil e uso de meio que dificulta a defesa do ofendido, representam um excesso de acusação. Segundo ele, essas qualificadoras podem aumentar significativamente a pena e converter o crime em hediondo, prejudicando injustamente o acusado. O defensor afirma que essas qualificadoras precisam ser comprovadas.
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