Uma mulher de 25 anos foi multada por “lutar em excesso” contra um homem que a atacava sexualmente. Milica Zivkovic entrou no tribunal de Kolašin (Montenegro) como vítima, mas acabou punida “exceder a necessidade de legítima defesa”.
No início do mês, a montenegrina estava voltando para casa com um amigo, depois de uma noitada, quando percebeu que um homem os seguia. Ele tentou falar com eles, mas os dois ignoraram seus avanços. O que se seguiu a fez temer por sua vida e antecipar “o pior”, disse a estudante universitária ao “Metro”.
“Ele agarrou o meu queixo. E então ele me agarrou pela minha parte íntima inferior. Defendendo-me, bati nele com o punho fechado e depois aberto, o que aprendi enquanto treinava kickboxing por quatro anos. Nesses momentos, você só consegue pensar no pior. Mas lutei o máximo que pude e é claro que o nocauteei”, relatou Milica.
No tribunal, Milica foi multada em 85 euros (R$ 460) por “exceder a necessidade de legítima defesa” e por “violar a ordem e a paz pública”, o que a deixou “muito desconfortável”. Por sua vez, o seu agressor, um turco identificado apenas como UE, teve que pagar apenas 300 euros (R$ 1.625 mil) para ser libertado da prisão, de acordo com a Radio Free Europe (RFE).
A punição aplicada a Milica foi criticada por várias organizações de direitos das mulheres em Montenegro. Milhares de pessoas, na maioria mulheres, foram às ruas na semana passada em várias cidades em protesto contra a violência sexual em todo o país dos Bálcãs em sinal de solidariedade a Milica. Dritan Abazović, premier de Montenegro, classificou a decisão do tribunal como “devastadora” e, constrangido, ele ligou para Milica a fim de prestar solidariedade.
“Lamento que tais exemplos confirmem o quanto precisamos de mudanças no Judiciário e no Ministério Público”, destacou o líder. “Mas Milica não teve medo, defendeu-se com bravura e calma do valentão, que acabou levando a melhor e foi espancado”, acrescentou.
Montenegro é um país nos Bálcãs com montanhas escarpadas, vilas medievais e uma estreita faixa de praias ao longo de seu litoral do Mar Adriático, com 620 mil habitantes. Foi parte da Iugoslávia até os anos 1990 e, depois, integrou o Estado de Sérvia e Montenegro, de 2003 a 2006, quando a proposta de independência venceu em plebiscito.
No início do mês, a montenegrina estava voltando para casa com um amigo, depois de uma noitada, quando percebeu que um homem os seguia. Ele tentou falar com eles, mas os dois ignoraram seus avanços. O que se seguiu a fez temer por sua vida e antecipar “o pior”, disse a estudante universitária ao “Metro”.
“Ele agarrou o meu queixo. E então ele me agarrou pela minha parte íntima inferior. Defendendo-me, bati nele com o punho fechado e depois aberto, o que aprendi enquanto treinava kickboxing por quatro anos. Nesses momentos, você só consegue pensar no pior. Mas lutei o máximo que pude e é claro que o nocauteei”, relatou Milica.
No tribunal, Milica foi multada em 85 euros (R$ 460) por “exceder a necessidade de legítima defesa” e por “violar a ordem e a paz pública”, o que a deixou “muito desconfortável”. Por sua vez, o seu agressor, um turco identificado apenas como UE, teve que pagar apenas 300 euros (R$ 1.625 mil) para ser libertado da prisão, de acordo com a Radio Free Europe (RFE).
A punição aplicada a Milica foi criticada por várias organizações de direitos das mulheres em Montenegro. Milhares de pessoas, na maioria mulheres, foram às ruas na semana passada em várias cidades em protesto contra a violência sexual em todo o país dos Bálcãs em sinal de solidariedade a Milica. Dritan Abazović, premier de Montenegro, classificou a decisão do tribunal como “devastadora” e, constrangido, ele ligou para Milica a fim de prestar solidariedade.
“Lamento que tais exemplos confirmem o quanto precisamos de mudanças no Judiciário e no Ministério Público”, destacou o líder. “Mas Milica não teve medo, defendeu-se com bravura e calma do valentão, que acabou levando a melhor e foi espancado”, acrescentou.
Montenegro é um país nos Bálcãs com montanhas escarpadas, vilas medievais e uma estreita faixa de praias ao longo de seu litoral do Mar Adriático, com 620 mil habitantes. Foi parte da Iugoslávia até os anos 1990 e, depois, integrou o Estado de Sérvia e Montenegro, de 2003 a 2006, quando a proposta de independência venceu em plebiscito.
Via: UOL
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