quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Pernambuco recebe da Polícia Federal avião que vai ajudar no transporte de doentes e órgãos para transplante

 

O governo de Pernambuco recebeu da Polícia Federal (PF) um avião para uso das forças de segurança no estado. De acordo com a Secretaria de Defesa Civil, a aeronave, cedida pela corporação após ser apreendida numa operação policial de combate ao narcotráfico no Mato Grosso, será utilizada na transferência de feridos e no transporte de órgãos para a realização de transplantes.

Segundo o estado, esse avião será operado pelo Grupamento Tático Aéreo (GTA) da SDS. A Polícia Federal informou que o governo de Pernambuco obteve decisão judicial para fazer uso da aeronave con anuência da PF.

Em entrevista ao g1, o comandante do GTA, coronel Câmara Júnior, disse que um dos diferenciais do avião em relação aos helicópteros é a possibilidade de percorrer distâncias mais longas e pousar em qualquer lugar e horário.

"Hoje, por exemplo, um dos maiores problemas enfrentados, principalmente no tocante ao transporte de enfermos, é que, quando ocorre algo nesse sentido em Fernando de Noronha, pelo fato de o aeroporto de lá não funcionar à noite, não tem como trazer esse enfermo, de urgência, para a capital", explicou o coronel.

Chamada de Defesa 05, a aeronave do modelo Seneca II, que custa R$ 3,5 milhões no mercado, tem capacidade para levar dois pilotos e quatro passageiros e consegue fazer um voo de até cinco horas sem abastecer.

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Aeronaves apreendidas

O comandante do GTA informou que, além do equipamento recebido nesta semana, o governo vai receber outros dois aviões, que devem ser entregues até o início de 2024. Todos eles são objetos de apreensão da Polícia Federal durante operações de combate ao narcotráfico.

Os dois primeiros, incluindo o que chegou a Pernambuco na segunda (4), foram apreendidos durante investigações realizadas no Mato Grosso, segundo o coronel Câmara Júnior. O terceiro, de maior porte, foi encontrado em 2020 com 650 quilos de cocaína no aeródromo de Igarassu, no Grande Recife.

"Quando ela [a aeronave] foi apreendida, não foi encontrada a documentação dela. E a aeronave tem vários documentos que permitem que o voo seja realizado. Para 'nascer' de novo, esse avião é todo desmontado, todo revisado, remontado, e essas cadernetas (os documentos) são abertas do zero", detalhou o coronel Câmara Júnior.

Segundo o comandante, todo o processo de recuperação da aeronave custou R$ 90 mil. 

Via: G1 PE

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