quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Filha de chefão do tráfico na Bahia quer deixar prisão e voltar à medicina usando tornozeleira

 

Os advogados da médica Larissa Gabriela Lima Umbuzeiro, presa durante uma operação da Polícia Federal para acabar com uma organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas em Feira de Santana, solicitaram à Justiça que ela fosse posta em liberdade e passasse a usar tornozeleira eletrônica. Eles também pediram que a detenta passasse a usar tornozeleira eletrônica e retomasse o exercício da medicina.

No pedido de habeas corpus, a defesa alegou que Larissa tinha emprego lícito e que era responsável pelos cuidados do irmão mais novo, acometido pela anemia falciforme. Os advogados argumentaram também que, devido à sua formação, ela seria a pessoa mais adequada para dar atenção ao caçula da família Umbuzeiro.

Além de Larissa, sua mãe, marido, tia e prima foram presos suspeitos de fazerem parte da organização criminosa. O pai, Rener Manoel Umbuzeiro, foi apontado como responsável por liderar a quadrilha. Ele morreu durante uma troca de tiros com agentes da Polícia Federal durante o cumprimento de prisão.

Ao analisar os argumentos dos advogados de Larissa, a Justiça optou por mantê-la em cárcere. Uma das justificativas usadas para o indeferimento do pedido de habeas corpus foi que, "por meio de minuciosa investigação realizada pela PF, chegou-se à conclusão de que a médica ocultava os valores oriundos do tráfico e os lavava, adquirindo imóveis e os registrando em nome de terceiros, para dar ares de licitude ao patrimônio".

A defesa de Gabriela Raizila Lima de Souza, prima de Larissa, também entrou com um pedido de liberdade perante a Justiça. O habeas corpus, no entanto, ainda não foi julgado e está aguardando redistribuição.

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