segunda-feira, 29 de abril de 2024

Custo dos brasileiros com pets passa dos R$200 por mês

 

As pessoas que têm animais de estimação sabem o amor que esses animais dão aos seus tutores. O amor é tanto que os pets acabam sendo considerados membros da família. Por conta disso, é natural que os tutores queiram dar o melhor para seus companheiros de quatro patas, priorizando cuidados com a saúde e bem-estar.

Mas claro que esses cuidados e mordomias não saem barato. Para se ter uma ideia, a média gasta pelos brasileiros por mês com seus pets é de mais de R$ 200, o que impulsionou o crescimento do mercado pet no país. O crescimento desse setor foi tanto que o Brasil é o terceiro país no ranking que mais consome esse segmento, perdendo somente para os EUA e a China.

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), no Brasil existem 167,6 milhões de pets, tendo os cachorros e gatos liderando os números com 67,8 milhões e 33,6 milhões, respectivamente.
 
Esse número é tão alto porque a maior parte das pessoas tem o pensamento que os animais diminuem o estresse e trazem felicidade. Por conta disso, além de priorizar os cuidados, os tutores também preferem comprar produtos de empresas que apoiam a causa animal.

Esse amor pelos animais impulsiona pessoas a entrarem no ramo, como foi o caso de Flávio Calmon, que abriu um salão para os pets. Ele é a prova de que os tutores sempre buscam uma sofisticação maior para o atendimento dos seus animais, por isso até criou um modelo de negócio que tem uma abordagem que minimiza o medo e o estresse.

“O modelo nasceu da necessidade de oferecer um serviço de alto padrão para cães de raças específicas. Nosso foco está no bem-estar, diversão e beleza do animal, com o uso de produtos e equipamentos tecnológicos avançados”, contou.

Custos com pets

De acordo com os dados da Koin, uma fintech, mais da metade dos brasileiros, 56,4%, gastam mais de R$ 200 mensalmente com seus pets. Enquanto isso, 29,2% desembolsam entre R$ 100 a R$ 200; 9% entre R$ 50 e R$ 10; e somente 5,4% gastam menos de R$ 50 por mês.

Um fator que entra nessa conta é a saúde dos animais. Com 44,6% dos tutores levando seu pet ao veterinário uma vez no ano; 26,7% levando semestralmente; e 15,8% indo a cada três meses.

Contudo, o que mais pesa nos gastos é a alimentação. Dentre os custos principais, eles são divididos em: ração (70%), medicamentos (6,9%) e produtos de higiene como xampu e escova (5,9%).

E o que pode surpreender muitas pessoas é que várias casas estão dispostas a investir mais nos pets independente da classe social. “O que difere é que as classes A e B, em geral, possuem maior renda disponível e estão mais dispostas a investir em serviços de qualidade para seus pets, incluindo banho e tosa”, explicou Calmon. 
 
O que é o mercado pet?

Esse mercado engloba todos os produtos e serviços voltados para os cuidados e lazer dos animais de estimação. De acordo com Juana Angelim, diretora de operações da Koin, isso vai desde as coisas básicas, como ração e higiene, até coisas mais mirabolantes como planos de saúde, creches, adestramento, avanderias especializadas, dog walker, entre outras opções.

Como esse é um mercado que tem crescido bastante, até mesmo marcas de luxo começaram a criar produtos para o ramo, como por exemplo, Moschino, Vivara e Zara.

Para se ter uma ideia do rendimento desse setor, de acordo com uma estimativa feita pelo Instituto Pet Brasil (IPB), o segmento faturou R$ 68,4 bilhões em 2023. Com relação à 2022, que teve um faturamento de R$ 60,2 bilhões, houve um aumento de 13,6%.

Com relação aos serviços de banho e tosa, em 2023 o aumento foi de 12,4% arrecadando um total de R$ 10,2 bilhões. Isso representa 14,9% do mercado do Brasil.

“Os pets sempre foram importantes para as pessoas, e ganharam uma relevância maior durante a pandemia. Quando os laços se estreitaram, abriu oportunidades para novos produtos, serviços e negócios”, pontuou Angelim.

O estimado é que esse mercado cresça nos próximos anos. “Isso porque é menos afetado por crises econômicas, já que as pessoas não tendem a renunciar aos cuidados com seus bichinhos”, disse Angelim.

Fonte: UOL

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