terça-feira, 30 de julho de 2024

Brasileiro de 7 anos descobre asteroide que pode se chocar contra a Terra

 

Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. E os que irão passar também acabam virando notícia e às vezes até motivo de preocupação. Felizmente, nenhum deles colidiu com a Terra. No entanto, um brasileiro de sete anos descobriu um asteroide que tem potencial de passar perto e até de se chocar com nosso planeta em uns milhões de anos.

Quem fez essa descoberta foi Arthur Ruiz, integrante da Associação Mensa Brasil, um entidade de pessoas que tem capacidades intelectuais altas. Esse asteroide que pode se chocar com a Terra foi descoberto como parte dos trabalhos da equipe Theta Mensae, que conta com mais quatro crianças.

Estão na equipe Bernardo Leitão Teixeira (Fortaleza, CE/7 anos), Benício Zenha (Goiânia, GO/6 anos), Alexandre Franchini Woo (São Paulo, SP/8 anos), Paulo Augusto Tomadon (Cotia, SP/8 anos) e Vitor Sena Ramos (Belo Horizonte, MG/9 anos), além do próprio Arthur. E todos eles assinaram a descoberta desse asteroide que pode se chocar com a Terra.

Nesse trabalho, o líder reúne os dados do IASC/NASA e faz a distribuição deles, de forma igual, para os integrantes. Depois disso, as crianças fazem as análises das imagens, fazem um relatório e o mandam para o líder, que por sua vez o encaminha para o IASC.

Asteroide que pode se chocar com a Terra

Olhar digital

No site do Minor Planet Center (Harvard/Smithsonian) e do NASA Astrophysics Data System foi publicado uma circular oficial com os dados a respeito desse asteroide que pode se chocar com a Terra.

Por ser uma possível ameaça para o nosso planeta, a repercussão dessa descoberta foi bem grande. Tanto que o próprio Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) fez uma live no canal do YouTube para anunciar o feito, conhecer o brasileiro de sete anos que fez a descoberta e mais detalhes a respeito de todo o processo até que o asteroide fosse de fato identificado.

A live feita pelos representantes do MCTI e teve a participação do Dr. Patrick Miller, fundador do IASC/NASA (International Astronomical Search Collaboration), que é um programa da NASA que promove a colaboração internacional de análises de asteroides e objetos no sistema solar.

“Em alguns anos, Arthur terá a chance dar um nome ao asteroide, já que o objeto foi observado pela primeira vez por ele. Atualmente, o objeto recebeu uma designação provisória que segue os padrões da União Astronômica Internacional, e está sendo chamado de ‘2024 JB 29’”, explicou Maria Beatriz de Andrade, coordenadora do programa Caça Asteroide na Mensa Brasil.

Agora, esse asteroide irá entrar em um período de análise, durando entre três a cinco anos. Nesse tempo será traçado a órbita dele e feitas outras medidas relevantes. Depois disso, o nome para o asteroide irá passar pela União Astronômica Internacional (IAU), entidade responsável por esse trabalho desde 1922.

O Programa Caça Asteroides é um programa em parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e o International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA Partner). E Arthur e sua equipe participaram do programa através do programa Jovens Brilhantes da entidade e fizeram a análise das imagens enviadas pelo IASC/NASA, dos telescópios PANSTARRS 1 e 2, que ficam no Havaí, Estados Unidos.

Até hoje, somente 114 descobertas provisórias foram feitas por cientistas cidadãos no programa. No caso do Brasil, só uma tinha sido feita em 2014 pelos alunos da escola Liceu Nilo Peçanha, em Niterói (RJ), o asteroide 2014 QF309. Agora, esse asteroide que pode se chocar com a Terra identificado por Arthur é a segunda descoberta dessa magnitude em nosso país.

Quem é o menino?

SCC 10

De acordo com Daniel Ruiz, cardiologista e pai do menino, desde bebê Arthur era atento, de raciocínio rápido e com memória excepcional. O menino se interessava por coisas que o desafiavam, como por exemplo, blocos de montar de formatos diferentes, jogos de memória e brinquedos didáticos para crianças bem maiores do que a idade que ele tinha.

Além de ter uma paixão por livros. Tanto que, desde os dois anos, um dos hobbies favoritos de Arthur era ir em livrarias, e ele sempre escolhia obras bem acima das feitas para a sua idade.

Com um ano e meio o menino começou a identificar e ler letras e números. Aos dois anos tinha um interesse muito grande por astronomia e já sabia os planetas do sistema solar, suas características, ordem e luas de outros planetas.

“Aos três, iniciou a escrita. Nesta faixa etária, crianças de sua idade estavam desenhando e pintando, enquanto Arthur escrevia letras e palavras, fazia cálculos matemáticos simples, o que chamava atenção da escola”, lembrou o pai.

“Ainda nesta idade, Arthur gostava de ler escritos em muros e paredes de comércios quando andava de carro, era a sua distração. Mas vale destacar que, desde os dois anos, foi possível notar que Arthur era amante de astronomia, português e matemática. A partir desta época, também se interessou por inglês e tinha grande facilidade em aprender e na pronúncia”, continuou.

Por conta de todos esses interesses fora do comum para meninos da idade de Arthur, a família desconfiou que ele pudesse ser superdotado, ainda aos dois anos. “Essas características ficavam cada vez mais evidente no Arthur. Por isso, aos seis anos de idade, foi submetido a uma avaliação imersiva e multidimensional para investigar superdotação. Na ocasião, foram feitos variados testes, incluindo o WISC IV com a equipe de uma renomada especialista de Brasília, quando se constatou que Arthur demonstrou altas habilidades inatas para aprender com facilidade qualquer conteúdo, independente do nível de complexidade, possuindo, portanto, superdotação profunda, com QI total de 150 e percentil maior que 99,9”, disse Daniel.

Atualmente, com sete anos, Arthur está no terceiro ano do ensino fundamental. Ele continua interessado por português, matemática e especialmente astronomia e aeronáutica.

Fonte: SSC 10

Imagens: SSC 10, Olhar digital

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Inflação dos alimentos ficará acima de 6% com a seca e as queimadas, diz pesquisa

  As queimadas e a seca que atingem os principais biomas do Brasil já provocam alta no preço dos alimentos que devem fechar o ano com inflaç...