terça-feira, 9 de julho de 2024

Gosta de tomar vinho? Agradeça a extinção dos dinossauros

 

O vinho é uma das bebidas mais antigas que se tem conhecimento na história da humanidade. Isso pode ser comprovado pelas descobertas arqueológicas e pela sua relação com os antigos romanos. Contudo, o que muitos podem nem imaginar é que o vinho tem uma relação com a extinção dos dinossauros.

Quem mostrou essa relação inusitada entre o vinho e a extinção dos dinossauros foram os pesquisadores do Museu Field de História Natural, dos Estados Unidos, que descobriram os primeiros registros fósseis de uvas do Hemisfério Ocidental, datados de entre 19 a 60 milhões de anos atrás. Esse período é o mesmo do fim da era dos dinossauros.

Por conta disso, o que essa descoberta sugere é que a extinção dos dinossauros criou condições ideais para que as uvas surgissem, que são a base para que o vinho seja produzido.

Como é bem raro que os tecidos moles como frutas sejam preservados como fósseis, o entendimento dos cientistas sobre elas vem através das sementes, que tem uma probabilidade maior de fossilizar.

No caso das uvas, os primeiros registros têm cerca de 66 milhões de anos e foram descobertos onde atualmente é a Índia. Já os que foram encontrados nesse novo estudo vêm de regiões da Colômbia, do Panamá e do Peru. E por mais que elas sejam mais novas do que os fósseis indianos, elas também são mais ou menos do mesmo período histórico.

É estimado que nessa época um asteroide enorme atingiu nosso planeta e desencadeou uma extinção em massa. “Embora sempre pensemos nos animais – sobretudo, nos dinossauros, porque eles foram as maiores espécies a serem afetadas –, o evento da extinção teve um grande impacto também na flora do planeta”, lembrou Fabiany Herrera, que liderou o estudo.

Vinho e extinção dos dinossauros

Galileu

De acordo com os pesquisadores, a extinção dos dinossauros pode ter ajudado na composição das florestas. Até porque animais de grande porte, como no caso dos dinossauros, acabariam derrubando as árvores quando se movessem. Logo, os espaços verdes mais densos não seriam possíveis.

“Sem grandes dinossauros para podá-las, algumas florestas tropicais, incluindo as da América do Sul, ficaram mais lotadas, com camadas de árvores formando sub-bosques e dosséis. Os novos ecossistemas forneceram a oportunidade de desenvolvimento de plantas trepadeiras, como as uvas”, explicou Mónica Carvalho, coautora do artigo.

Nos anos que se seguiram, as espécies de aves e mamíferos foram diversificadas, o que também pode ter uma relação com a mudança da flora da Terra. Isso porque eles são conhecidos por se alimentarem das frutas e espalharem suas sementes pelo solo, ajudando que elas cresçam em outras regiões.

Fonte: Galileu

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