terça-feira, 23 de julho de 2024

Número de armas da categoria CACs aumentou no governo Lula

 

Quando assumiu o governo federal, um dos principais compromissos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era dificultar o acesso às armas no Brasil, após quatro anos de flexibilizações nunca antes vistas na história do país durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). O decreto que limitou o acesso a esses produtos a partir dos certificados de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) foi assinado em julho do ano passado.

Apesar dos esforços, o governo não conseguiu frear totalmente o acesso desse público a itens bélicos. No último dia do governo Bolsonaro, o Brasil tinha 1.786.536 registros de CACs: 449.230 colecionadores, 779.102 atiradores e 558.204 caçadores. Em junho deste ano, quase 12 meses após a assinatura do decreto que voltou a restringir o acesso ao armamento, o total de certificados subiu para 1.867.558, um aumento de quase 5%: 472.257 colecionadores, 815.688 atiradores e 579.613 caçadores. Vale ressaltar que esse dado não representa um número exato de pessoas, já que um mesmo CPF pode estar inscrito em mais de uma categoria.

O número de armas à disposição dos CACs também aumentou durante o governo Lula. Em dezembro de 2022, o Brasil tinha 1.277.170 itens nas mãos de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores. Hoje, esse dado alcança a marca de 1.366.845, uma alta de 7%. Das três categorias, houve somente recuo no total de armas entre os colecionadores: de 92.374 em 2022 para 48.284 atualmente (queda de 48%).

Para a gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, Natália Pollachi, é preciso destacar que os CACs que adquiriram armas durante o governo Bolsonaro não foram obrigados a devolver suas compras bélicas após o decreto de Lula. Ainda assim, ela se diz surpresa com as altas. “São números que surpreendem um pouco. Era esperado que esse mercado não deixaria de existir de um dia para o outro. Uma hipótese para esse aumento é um possível enraizamento da cultura do acesso às armas no Brasil, depois do total descontrole entre 2019 e 2022″, destacou. 

As informações são do Estado de Minas.

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