quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Misterioso disco de argila apresenta escrita de três mil anos nunca decifrada

 

Um misterioso disco de argila se tornou o mais novo mistério dos arqueólogos, que ainda não conseguiram decifrar o que está escrito neles.

A ilha de Creta, situada no território da atual Grécia, tem sido uma fonte de fascínio para historiadores e arqueólogos há várias décadas. Este lugar é especialmente notável por ter sido o berço da antiga civilização minoica, uma das mais importantes da Idade do Bronze, que floresceu entre os séculos XXX e XV a.C.

A civilização minoica deixou um legado rico e misterioso, e suas ruínas foram reveladas ao mundo apenas no início do século XX. Até os dias de hoje, muitos dos segredos dessa civilização continuam a intrigar a ciência e o público, sendo o enigmático Disco de Festo um dos exemplos mais famosos.

Disco de argila

Via Olhar Digital

O Disco de Festo, um dos achados arqueológicos mais misteriosos de Creta, é um artefato de argila queimado, adornado com inscrições que parecem formar uma escrita até então desconhecida.

Descoberto em 1908 nas ruínas do palácio minoico de Festo, localizado na costa sul de Creta, o disco foi alvo de intenso debate na comunidade acadêmica.

Inicialmente, alguns estudiosos chegaram a suspeitar que se tratasse de uma falsificação, mas análises subsequentes confirmaram a autenticidade da peça.

O disco tem cerca de 15 centímetros de diâmetro e apresenta duas espirais de símbolos em relevo, uma em cada lado. São esses símbolos que têm desafiado gerações de pesquisadores.

Embora muitos acreditem que o disco contenha uma forma de escrita primitiva, possivelmente usada para registros ou fins rituais, até o momento, nenhuma das tentativas de decifrar seu conteúdo foi bem-sucedida.

Isso faz do Disco de Festo um dos maiores mistérios da arqueologia, alimentando diversas teorias sobre seu significado e propósito, ao mesmo tempo que proporciona um vislumbre das complexidades culturais da civilização minoica.

Existem diversas teorias

O Disco de Festo, disco de argila misterioso até o momento, contém, ao todo, 241 símbolos distribuídos em 45 tipos diferentes. Alguns desses símbolos são claramente identificáveis, retratando figuras humanas, enquanto outros parecem representar animais, plantas, armas, ferramentas e diversos outros objetos.

Esses símbolos estão organizados em grupos que se assemelham a “palavras”, separadas por traços verticais. No entanto, até hoje, nada se sabe sobre como esses símbolos funcionavam ou como seriam pronunciados.

As primeiras tentativas de interpretação sugeriram que os símbolos poderiam representar uma forma primitiva de escrita grega, possivelmente descrevendo um ritual de sacrifício animal realizado em um templo. No entanto, essa teoria foi posteriormente contestada.

Via Olhar Digital

Pesquisa

Uma pesquisa realizada em 2004 trouxe uma nova hipótese, sugerindo que o disco poderia ser, na verdade, uma carta escrita na língua luvita, originária da antiga Anatólia, na região onde hoje é a Turquia.

Segundo essa teoria, o conteúdo do disco estaria relacionado a uma disputa territorial. Essa interpretação veio de alguns dos símbolos sem tradução exata. Dessa forma, se baseou mais no entendimento subjetivo por parte dos arqueólogos.

No entanto, essa proposta não foi amplamente aceita, e alguns estudiosos apontam que a língua inscrita poderia ser o hitita, ou até mesmo uma forma de escrita egípcia.

Ainda existem outras teorias. Alguns pesquisadores acreditam que o disco contenha uma oração dedicada a uma deusa, ou até um hino fúnebre, embora escrito em uma língua que ainda não foi identificada.

Por isso, não é possível determinar, com precisão, o que ele significa. O mistério que cerca o Disco de Festo persiste, e seu verdadeiro significado continua a escapar da compreensão moderna.

As informações sobre o avanço das pesquisas e novas teorias são do portal Live Science.

Fonte: Olhar Digital

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