A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu a suspeita na terça-feira (09) sob a acusação de extorsão, difamação e injúria. Anielly é investigada por utilizar uma página de fofocas em redes sociais para expor moradores de Conceição das Alagoas e Uberaba e, em seguida, cobrar para remover as publicações, transformando a prática em sua principal fonte de renda.
Segundo a Polícia Civil, a jovem se dedicou a essa atividade entre maio e junho deste ano. Até o momento, três vítimas de extorsão já foram identificadas, e a polícia trabalha para localizar outros casos e estimar o valor total arrecadado. Há, ainda, pelo menos dez boletins de ocorrência registrados contra Anielly por crimes contra a honra.
As publicações abordavam temas como supostas traições, exposição de devedores e até mesmo acusações graves contra uma instituição social da cidade. Um dos casos mencionados em um boletim de ocorrência detalha o agravamento do estado emocional de uma mulher que já passava por tratamento psicológico após ter perdido o companheiro em um acidente.
Conforme a Polícia Civil, a suspeita negociava os valores diretamente com as vítimas, sem critérios fixos. “Ela contou que chegou a ganhar R$ 500 de uma mulher, de um rapaz ela ganhou R$ 200. Ela não tinha critério para os valores, ela negociava com as vítimas. O que ela queria era dinheiro”, relatou o delegado.
A investigação
As postagens de Anielly se intensificaram após ela ser agredida por moradores de Conceição das Alagoas, o que a levou a se mudar para Uberaba. Na nova cidade, o perfil ganhou mais engajamento, e as postagens se tornaram mais frequentes. Após 50 dias de investigação, conduzida pela Operação Maledicta Bocca, a polícia cumpriu um mandado de prisão preventiva contra a jovem.
A 1ª Vara Criminal de Conceição das Alagoas também determinou o bloqueio das contas bancárias usadas pela suspeita e a suspensão da página. O delegado Bruno Vinícius reforçou a seriedade da investigação, afirmando que “a internet não é e nunca será uma terra sem lei”.
A Polícia Civil orienta que todas as pessoas que se sentiram lesadas e que pagaram para a remoção de posts procurem a polícia para formalizar um boletim de ocorrência. A suspeita permanece detida na Penitenciária Professor Aloisio Inácio Oliveira, em Uberaba.
Via: Bacci Notícias

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