quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Vídeo mostra juiz da Lava Jato furtando garrafas de champanhe em supermercado; Veja

 

Câmeras de segurança de um supermercado localizado em Blumenau (SC) registraram o juiz federal Eduardo Appio, da 18ª Vara de Curitiba, furtando três garrafas de champanhe. O caso veio à tona em outubro, mês em que o magistrado foi suspenso do cargo e se tornou alvo de um processo administrativo disciplinar.

Nas imagens é possível ver o juiz, de camiseta azul e bermuda, circulando entre os corredores do supermercado. Ele para no setor de bebidas e pega uma garrafa de champanhe francesa, no valor de R$ 399, e continua andando, até que a coloca em uma sacola.

Depois, Appio desce pela rampa rumo ao estacionamento, mas é abordado por dois seguranças antes de sair e volta ao supermercado acompanhado por eles. Ele é levado a uma sala e um dos seguranças retira a garrafa da sacola e a coloca em cima da mesa.

Segundo a revista Veja, ele tentou oferecer um cartão bancário para quitar o prejuízo, mas o caso foi levado à Polícia Civil, que encaminhou ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Furto recorrente

As investigações apontam que esta não seria a primeira vez que o juiz teria furtado uma garrafa de champanhe. As imagens mostram outros dois episódios do mesmo crime.

O primeiro caso teria sido registrado no dia 20 de setembro, quando Eduardo foi flagrado pegando uma garrafa enquanto segura sacolas. Em outro corredor, ele se abaixa e mexe nas sacolas. Na sequência, ele vai embora, passando direto pelo caixa, sem pagar nada.

Já no dia 4 de outubro, é possível ver o juiz em frente à gôndola de bebidas, segurando algumas sacolas. Ele pega uma garrafa, da mesma marca. Outra câmera registra Appio passando um urso de pelúcia no caixa, mas é possível ver uma garrafa dentro de uma das sacolas. Depois de passar pelo caixa, ele vai embora.

O TRF-4 instaurou um processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar a conduta do magistrado. Appio foi suspenso do caso enquanto o procedimento está em andamento. As punições após a conclusão das investigações incluem advertência, afastamento das funções e exoneração.

O que diz o juiz

Em nota, Eduardo Appio classificou o caso como "fake news" e afirmou que sofre perseguições. Em fevereiro de 2023, ele assumiu a 13ª Vara Federal de Curitiba, berço da Operação Lava Jato, substituindo o ex-juiz Sergio Moro, mas foi afastado cerca de dois meses depois.

"Ingressarei com as ações competentes, inclusive [contra o] Senador Sergio Moro por difamação. Sou testemunha no STF em inquéritos policiais contra o Senador Sergio Moro (apuração, pelo CNJ em 2024, de um desvio auditado de 5 bilhões de reais da 13ª Vara Federal de Curitiba, com a finalidade de constituir uma fundação privada em Curitiba). Descobri este desvio e comuniquei ao CNJ em 2023. Hoje sofro perseguições e ofensas pessoais gratuitas por parte do Senador Sergio Moro", disse o juiz.

Ao g1, o senador Sergio Moro (União Brasil) afirmou que o juiz "vive em um mundo de fantasias".

"Nenhuma das acusações dele resultou em denúncia contra mim. Não tenho culpa se ele resolveu furtar champanhes em supermercado por três vezes", escreveu.

Via: G1

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