
Artistas e intelectuais também apoiaram e ajudaram na divulgação dos protestos, que aconteceram em 62 cidades do país, dentre elas Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Porto Alegre, Vitória, Florianópolis, Belo Horizonte, Salvador, Natal, João Pessoa, Recife, Fortaleza, Aracaju, Palmas, Campo Grande, Manaus, Belém e Cuiabá.
No Rio de Janeiro, o ato começou por volta das 15h, na Cinelândia, de onde os manifestantes marcharam para a Praça XV, entoando palavra de ordem, cartazes e performances contra Bolsonaro. As manifestações tomaram todo o Centro do Rio, inclusive entornos, como saídas de metrô.
Por volta das 19h, um pequeno grupo de manifestantes que se reunia próximo ao Passo Imperial ateou fogo em pedaços de madeira e entulhos e dançou em volta das chamas. Ninguém se feriu. A organização do evento estimou que 50 mil pessoas participaram do ato; a Polícia Militar não deu estimativa. O ato terminou por volta das 21h sem incidentes.
Em São Paulo, o protesto tomou o Largo da Batata e se deslocou para a Avenida Paulista. A organização estimou 150 mil pessoas, e a Polícia Militar de São Paulo também não deu estimativa.
Participaram dos protestos no Largo da Batata a candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva; Guilherme Boulos e Sonia Guajajara, presidenciável e vice na chapa do PSOL; Kátia Abreu (PDT), vice de Ciro Gomes; e Manuela D'Ávila (PCdoB), vice de Fernando Haddad.
Em Salvador, Daniela Mercury comandou um trio elétrico contra Bolsonaro.
Manifestações a favor
Um grupo de manifestantes a favor de Bolsonaro se concentrou em Copacabana, na altura do posto 5. Com uma imagem de Bolsonaro de papelão em tamanho real em cima do carro de som, o ato começou às 14h20 com o Hino Nacional e um Pai Nosso.

"Somos um movimento de paz e harmonia", afirmou do microfone uma das líderes do movimento. "Aqui tem mãe solteira, tem mãe com dificuldade para pagar suas contas, que se vira nos trinta", declarou a ex-ativista do grupo feminista Femen Sara Winter. Candidata a deputada federal pelo DEM, pouco antes ela posou para foto segurando um "fuzil" de papelão.
Diversas pessoas se revezaram nos discursos. O enfoque varia das críticas ao PT - "primavera vermelha aqui não, só lá em Curitiba, entre quatro paredes e atrás das grades", afirmou uma das manifestantes -, de "defesa à vida", com críticas contundentes aos que defendem a legalização do aborto, e ironias contra veículos de imprensa que têm divulgado denúncias contra Bolsonaro.
Manifestações a favor do presidenciável ocorreram em São Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e outras cidades, com menor adesão do que as manifestações contrárias.
Pelo mundo

Diversas cidades no mundo registraram protestos contra Jair Bolsonaro, em apoio aos atos convocados no Brasil. Em Nova York, Londres, Paris, Barcelona e Berlim, manifestantes ergueram cartazes com mensagens contrárias ao presidenciável. Em Portugal, houveram protestos em Coimbra, Porto e Lisboa. Na América Latina, Santiago e Cidade do México também se mobilizaram.
Em Genebra, uma das principais cidades da Suíça, as pessoas protestaram na frente à sede da Organização das Nações Unidas (ONU) na Europa. Elas levavam cartazes com palavras contrárias ao candidato e pediam o fim do "fascismo". Em Paris, na França, onde a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, da Frente Nacional, tem ganhado força nos últimos anos, pelo menos 250 pessoas se organizaram no centro da cidade para protestar contra o candidato brasileiro.
Imagens publicadas nas redes sociais com a hashtag #Elenão mostram também manifestações em Milão, na Itália.
Nesta sexta-feira, a cantora Madonna postou uma mensagem contra Bolsonaro e aumentou a visibilidade do movimento nas redes sociais.
Fonte: O Dia
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