Maria Irlaine Dantas da Silva foi enterrada sob forte comoção
Foto: Reprodução de vídeo/ TV Jornal
JC Online
Com informações da TV Jornal
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Após dias de angústia, familiares e amigos de Maria Irlaine Dantas da Silva, de 10 anos, prestaram suas últimas homenagens à criança, na noite desta terça-feira (18). O sepultamento da menina, que havia sido sequestrada pelo padrasto no dia 11 de novembro e foi encontrada morta nesse sábado (15), em Ribeirão, na Zona da Mata Sul, aconteceu em Barra de Guabiraba, na mesma região, por volta das 19h40.
O corpo foi liberado pelo Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife durante a tarde e chegou ao município, que fica a 124 quilômetros da capital pernambucana, minutos antes do enterro no Cemitério São João Batista. Não houve velório.
Chorando bastante, a mãe da menina, Iraneide de Lourdes Dantas de Oliveira, precisou ser amparada no momento em que o carro funerário estacionou em frente ao cemitério.
Um tio de Irlaine, identificado como João Rufino, relatou o sofrimento da família à TV Jornal. "A família está muito abalada com a tragédia. Ninguém esperava que fosse acontecer. A avó está desesperada, nem teve condições de vir ao sepultamento. Ela vai ficar na memória para sempre. Era uma menina muito educada, muito estudiosa", disse.
Exames
A Polícia Científica de Pernambuco divulgou, nesta terça-feira (18), que exames sexológicos não constataram violência sexual contra Maria Irlaine. A identificação do corpo também foi confirmada nesta terça-feira após o Instituto de Genética Forense concluir a perícia de DNA.
O desaparecimento
Maria Irlaine Dantas da Silva foi sequestrada pelo padrasto no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), no dia 11 de novembro. De acordo com o delegado Mamede Xavier, o homem não aceitou o fim do relacionamento com a mãe da menina.
A mãe de Irlaine, Iraneide, vivia com José Carlos e a filha há cerca de dois anos no bairro de Charnequinha, no Cabo, desde que se separou do pai de Irlaine. Parentes disseram que José Carlos era ex-presidiário, muito ciumento e que tentava afastar a menina do convívio com a família paterna. Ele teria desaparecido com a enteada depois que Iraneide comunicou que queria se separar dele. O sumiço ocorreu um dia depois de Iraneide ter pedido a separação. Eles teriam brigado e José Carlos tentou enforcá-la, mas foi impedido por amigos. Quando Iraneide acordou percebeu que a filha e o marido não estavam em casa.
O celular dela também havia sumido. “Na terça-feira à noite ele fez contato com Iraneide e disse que entregaria a menina na quarta-feira de manhã. Mas não apareceu. Na quinta, achamos o corpo dele enforcado numa ponte de Ribeirão”, disse o delegado do Cabo de Santo Agostinho Mamede Xavier.
Familiares afirmaram que não foi a primeira vez que ele sequestrou Maria Irlaine. “Uma vez ele foi para Santa Cruz do Capibaribe e ficou lá dois dias com ela”, relatou uma parente que pediu para não ser identificada. “Teve um dia que José Carlos sumiu com Lalá, mas trouxe no mesmo dia. Passou a tarde com ela no shopping, depois voltou. Faz tempo, foi logo no começo do relacionamento. Ele fez isso porque tinha brigado com a minha madrasta”, lembrou Naedja. Ela disse ainda que as brigas do casal aconteciam por ciúme. “Ele era muito ciumento. Não queria Iraneide com ninguém, com amiga, com vizinho, só era dentro de casa. Se ela ia pra cama, ele ia. Se ia pro sofá, ele ia atrás”, lembrou Naedja.
'Minha filha sofreu muito', diz pai
Bastante abalado, o pedreiro João Pereira da Silva contou que quando a filha Maria Irlaine o visitava, em Barra de Guabiraba, não queria mais voltar para casa, no Cabo, onde vivia com a mãe e o padrasto. Em entrevista à imprensa, no IML do Recife, nesse domingo (16) de manhã, ele disse que teve contato com a menina há cerca de seis meses.
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