Um dia após vir à tona a denúncia de que a Delegacia de São José do Egito, no Sertão, vai deixar funcionar porque os aluguéis do imóvel não foram pagos, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) acionou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A categoria pede que uma ação civil pública seja aberta e que o Governo do Estado apresente esclarecimentos sobre a situação que atinge diretamente os moradores do município.
A delegacia só deve funcionar até o próximo dia 14, prazo final para que o imóvel seja devolvido ao dono. O delegado da circunscrição, Paulo Henrique de Medeiros, encaminhou ofício à Câmara Municipal relatando que houve uma ordem de despejo, e que a delegacia será transferida para o município de Afogados da Ingazeira.
Em comunicado à imprensa, o Sinpol-PE afirmou que o atraso nos pagamentos do aluguel é antigo.”Em um primeiro momento o Estado ficou um ano sem pagar o aluguel e só saldou a dívida após o locador acionar a Justiça. Em seguida, o débito até foi pago, mas o Estado voltou a atrasar os pagamentos, o que levou o dono do imóvel a pedir a interrupção da prorrogação automática do contrato, que se encerra no próximo dia 14″, informou a nota.
Segundo o Sinpol-PE, o dono de uma faculdade particular ofereceu um terreno próximo para que a nova delegacia seja construída. Uma reunião com representantes da Polícia Civil vai discutir a proposta.
GOVERNADOR SE PRONUNCIA
Na manhã dessa quinta-feira, após participar de uma celebração religiosa no Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, o governador Paulo Câmara foi questionado por jornalistas sobre o assunto. Com aparente desconforto, Câmara afirmou que a delegacia vai continuar a funcionar em São José do Egito. “O imóvel foi pedido pelo proprietário, e a gente está vendo outro imóvel para ocupar”, disse. O governador, no entanto, não explicou o motivo dos atrasos do pagamento.
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