quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Nunca se escreveu tanto, tão errado e se interpretou tão mal.

Saber ler e interpretar é questão de sobrevivência e amplia nossos horizontes.
Nunca se escreveu tanto, tão errado e se interpretou tão mal. Quem afirma é Otávio Pinheiro, fundador da Redação Online, plataforma que viabiliza correções de redações preparatórias para o Enem e outros concursos. A opinião foi dada recentemente em um artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo.
Segundo Pinheiro, que também é historiador e cientista político, os dados de leitura, escrita e interpretação do Brasil ajudam a entender a origem do problema.
Em 2016, dos 70 países avaliados pelo Pisa (Programa Internacional de Avalição de Alunos), o Brasil ficou na posição 59 em termos de leitura e interpretação. Não é de se admirar, portanto, que 537 mil alunos tenham zerado a redação do Enem no ano de 2014 – o que significa 10% dos 6 milhões de participantes. Já em 2017, 309 mil redações tiveram nota zero. Apenas 53 alcançaram nota máxima.
E o problema se reflete nas universidades, de acordo com o fundador da Redação Online. Ele cita a pesquisa Indicador de Alfabetismo Funcional, conduzida pelo Instituto Paulo Montenegro em parceria com a ONG Ação Educativa. Nela, 22% dos universitários aparecem com plena condição de compreender e se expressar – que ficam no chamado nível proficiente, o maior estágio de alfabetismo.
A mesma pesquisa aponta que 4% dos brasileiros que chegam à universidade estão no grupo de analfabetos funcionais. São pessoas capazes de compreender minimamente letras e números, mas que não desenvolvem habilidade de interpretação de textos ou de operações matemáticas.
Para Pinheiro, dados como esses ratificam a urgência de se colocar a escrita, a leitura, a interpretação e a comunicação como bandeira em todos os níveis da sociedade. São estímulos, referências e políticas de Estado que deem prioridade a estes aspectos educacionais – desde que de forma integrada.
“É preciso que os processos de recrutamento das empresas deem mais valor para atividades que incluam o texto como avaliação. E também contar com os negócios de impacto social focados em educação para endereçarem soluções viáveis.”, acrescenta ele na Folha de S. Paulo. “Saber ler e interpretar é questão de sobrevivência.”
Fonte: Desafios da Educação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Policial Polícia Militar recupera moto tomada de assalto em Itapetim

Policiais Militares do 23º BPM desenvolveram uma ação coordenada que resultou na recuperação de uma motocicleta que havia sido roubada no mu...