quarta-feira, 1 de maio de 2019

Após segundo ciclone, bombeiros de Minas salvam mais de 100 pessoas em Moçambique

Com quase 100 dias ininterruptos de buscas por vítimas do crime ambiental da Vale em Brumadinho e sem receber o 13º salário integralmente, os bombeiros de Minas Gerais continuam fazendo jus ao status de heróis. Neste domingo (28), militares salvaram mais de 100 pessoas em Moçambique, país atingido pelo ciclone Kenneth e por uma chuva intensa.
“O ciclone Kenneth é considerado mais forte e intenso do que o Idai [que atingiu Moçambique em março], com rajadas de vento de até 280 km/h. Há ainda uma expectativa de chuva de 700mm para os próximos 10 dias. Para se ter uma ideia, tem muita cidade mineira que não recebe essa quantidade o ano todo”, afirma o capitão Kleber Castro, sub-comandante da operação Moçambique.
Bombeiros de Minas sendo Bombeiros de Minas ❤️ Mesmo com quase 100 dias ininterruptos em Brumadinho, militares salvam mais de 100 pessoas em Moçambique após ciclone de 280 km/h.

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Como outro efeito de comparação, Belo Horizonte – cidade acostumada com inundações – já pode registrar pontos de alagamento com chuvas a partir de 20mm, dependendo do período de tempo. São três equipes dos bombeiros mineiros atuando no país africano – os trabalhos começam logo ao raiar do sol e só terminam quando ele se põem.
Os bombeiros atuam em Pemba, terceiro cidade mais populosa do país. “Estamos trabalhando em locais mais baixos, que possuem a confluência de fatores: final de temporada de chuvas e, portanto, com rios já cheios; maré alta, já que é uma área litorânea, o que diminui velocidade de escoamento dos rios; e solo encharcado, propício para desmoronamento”, afirma o capitão.
Mesmo com o intenso trabalho dos bombeiros, já foram registradas nove mortes em decorrências das fortes chuvas entre ontem e hoje. “País é bastante vulnerável a ciclones e a qualidade da construção das casas”, comenta o sub-comandante, que ainda tem de driblar a falta de conexão e, consequentemente, dificuldade de comunicação com a tropa.

“Estamos indo bem, salvando muita gente. São vários pontos de inundação, não só alagamento, com correntezas fortes. Todos levados para escolas e igrejas em pontos mais altos. Crianças pequenas levadas no colo, dando suporte para idosos, até mesmo levando alguns no colo”, relata. “A chuva continua caindo forte. Deu uma aliviada, mas a previsão passada pela ONU é que a chuva permanecerá por mais 10 dias”, afirmou, às 12h50 no horário local – 7h50 de Brasília.

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