Cerca de dois meses após ser identificada pela primeira vez no Brasil, a variante ômicron já é a prevalente nos casos de covid-19 no país, de acordo com informações divulgadas na coletiva de imprensa do Ministério da Saúde em 11 de janeiro.
Embora os sintomas não sejam tão diferentes daqueles causados por outras variantes, há sutis mudanças na forma de apresentação da doença, e muitos dos pacientes infectados na nova onda têm relatos parecidos: o sintoma de dor de garganta antes de a maioria dos demais sinais da covid-19 aparecerem.
Embora os sintomas não sejam tão diferentes daqueles causados por outras variantes, há sutis mudanças na forma de apresentação da doença, e muitos dos pacientes infectados na nova onda têm relatos parecidos: o sintoma de dor de garganta antes de a maioria dos demais sinais da covid-19 aparecerem.
O que os estudos dizem?
Dados do Zoe COVID Symptom Study, um projeto que registra, via smartphone, como centenas de milhares de pessoas infectadas estão se sentindo no Reino Unido, indica que até o fim de dezembro, 57% das pessoas com ômicron relataram dores de garganta.
Algumas evidências científicas indicam que a ômicron tem maior probabilidade de infectar a garganta do que os pulmões, o que pode explicar por que parece ser uma variante mais infecciosa, mas talvez contribuindo para a incidência de mortes ser menor do que outras versões do vírus – hipóteses que ainda estão sendo estudadas com grandes grupos de pessoas.
Por que a ômicron causa dor de garganta na maioria das pessoas?
Ainda faltam estudos para que a ciência chegue a uma resposta concreta.
“O que parece é que a variante apresenta uma preferência pelas células da via área superior – garganta, seios da face e orofaringe, apesar de ainda faltarem informações que nos comprovem e indiquem por quê. São áreas onde é mais raro surgirem complicações graves”, aponta Larissa Camargo, médica otorrinolaringologista do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, que tem tratado dezenas de pacientes com os sintomas causados pela covid-19 no nariz e garganta.
O que fazer para melhorar a dor de garganta causada pela ômicron?
A otorrinolaringologista Larissa Camargo explica que, assim como em outros sintomas leves, a estratégia é controlar a dor e o desconforto de sinais como congestão nasal e coriza.
“Com indicação médica, podem ser usados medicamentos anti-inflamatórios, corticoide nasal e oral, e é recomendado fazer a lavagem nasal como soro fisiológico.”
Outros sintomas da ômicron além da dor de garganta
Os sintomas podem aparecer entre dois dias e duas semanas após a exposição ao vírus. Entre os mais comuns estão:
– Dores musculares ou no corpo;
– Dor de cabeça
– Cansaço extremo
– Febre
– Calafrios
– Tosse
– Falta de ar ou dificuldade para respirar
– Dor de garganta
– Congestão ou nariz escorrendo
– Náusea ou vômito
– Diarreia
– Perda de paladar ou olfato
A matéria completa está no site da BBC News Brasil.
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