terça-feira, 18 de julho de 2023

Suécia autoriza queima da Bíblia em manifestações

 

A Suécia autorizou a queima da Bíblia e da Torá — os primeiros cinco livros das Escrituras (conhecidos como “Livros da Lei” ou “Pentateuco” pelos cristãos) que são usados por judeus — em manifestações.

Israel fez fortes críticas à decisão sueca. “Como presidente de Israel, condenei a queima do Alcorão, sagrado para os muçulmanos em todo o mundo”, disse o presidente israelense, Isaac Herzog, no Twitter. “E agora estou com o coração partido, porque o mesmo destino aguarda uma Bíblia judaica, o livro eterno do povo judeu”, completou o líder israelita.
 

“Permitir a desfiguração de textos sagrados não é um exercício de liberdade de expressão, é uma incitação flagrante e um ato de puro ódio”, acrescentou o presidente de Israel. “O mundo inteiro deve se unir para condenar inequivocamente esse ato repulsivo”, completou ele.

Por que a Suécia autorizou a queima da Bíblia e da Torá em manifestações

Manifestante queima exemplar do Alcorão em frente à Grande Mesquita de Estocolmo
Salwan Momika, homem que pisou no Alcorão e queimou algumas de suas páginas na Suécia, em frente a uma mesquita | Foto: Reprodução/Twitter/Alhamdhulillaah

A decisão sueca ocorreu no sábado 15. E vem depois da queima pública do Alcorão, livro considerado sagrado pelos muçulmanos. Por causa da queima do Alcorão, a polícia de Estocolmo — capital da Suécia — autorizou a queima do livro sagrado dos cristãos e dos judeus.

A porta-voz da polícia sueca, Carina Skagerlind, falou que a autorização não é referente a um pedido oficial para queimar publicamente a Bíblia nem a Torá, mas a uma reunião na qual uma “opinião” seria expressa. “Isso é uma diferença importante”, ressaltou a porta-voz. As declarações foram feitas em entrevista à agência de notícias AFP.

Apesar das declarações de Carina, no registro de uma manifestação, os organizadores anunciaram que iriam queimar exemplares da Torá e da Bíblia. Os manifestantes disseram que a ação é um protesto à queima do Alcorão islâmico no fim de junho. A queima do Alcorão teve aprovação oficial, com argumento baseado na liberdade de expressão. Os organizadores do protesto usam como pretexto expor a “hipocrisia sueca”.

O protesto que queimou o Alcorão ocorreu no primeiro dia da Festa Islâmica do Sacrifício. Na ação, o iraquiano Salwan Momika pisou várias vezes em uma cópia do Alcorão em frente à uma mesquita de Estocolmo.

Ele pisou no Alcorão enquanto erguia a bandeira sueca. Para provocar ainda mais os muçulmanos, Momika usou bacon no livro e queimou algumas páginas. O bacon e quaisquer outros cortes de carne de porco são considerados impuros pelos muçulmanos.

Apesar de ter justificado o protesto de Momika, a polícia mais tarde abriu uma investigação sobre “incitação contra um grupo étnico”, com base no fato de o protesto do homem ter sido feito na frente de uma mesquita.

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