Os albatrozes-gigantes da Ilha Marion, que fica entre a África do Sul e a Antártida, estão em perigo. Uma população invasora de camundongos, introduzida por navios de caça de focas no século XIX, tem atacado as aves marinhas vivas, atingindo tanto filhotes quanto adultos. Para restaurar o equilíbrio, cientistas planejam eliminar esses “ratos predadores”.
Conservacionistas do Projeto Marion sem Ratos, uma colaboração entre o governo sul-africano e a organização BirdLife South Africa, anunciaram um plano ousado para exterminar a população de ratos, que pode chegar a um milhão de animais a solta.
A operação, prevista para o inverno de 2027, inclui o lançamento aéreo de 660 toneladas de pellets envenenados com raticida.
Conservacionistas do Projeto Marion sem Ratos, uma colaboração entre o governo sul-africano e a organização BirdLife South Africa, anunciaram um plano ousado para exterminar a população de ratos, que pode chegar a um milhão de animais a solta.
A operação, prevista para o inverno de 2027, inclui o lançamento aéreo de 660 toneladas de pellets envenenados com raticida.
Embora a presença dos camundongos na Ilha Marion não seja nova, os ataques a albatrozes adultos, documentados em 2023, deram uma nova urgência ao problema.
Esses roedores atacam as aves de maneira agressiva e dolorosa, causando ferimentos que frequentemente levam a infecções fatais ou à morte por inanição.
Roedores perigosos
Os albatrozes-gigantes, sem defesas contra predadores terrestres, se tornam presas fáceis para os ratos, de acordo com a Live Science. A cada ano, centenas de milhares de aves estão ameaçadas pelos ataques desses roedores.Esta não é a primeira tentativa de mitigar os danos. No passado, esforços para controlar a população de camundongos na Ilha Marion tiveram consequências desastrosas. Na década de 1940, gatos foram introduzidos na ilha para combater os roedores.
Contudo, os felinos se tornaram predadores ainda mais perigosos, exterminando centenas de milhares de aves anualmente. A erradicação dos gatos só foi concluída décadas depois, em 1991, após causar um impacto devastador no ecossistema da ilha.
Diferente das tentativas anteriores, a nova estratégia utiliza um raticida específico, escolhido por não representar risco aos invertebrados nativos nem às aves marinhas que se alimentam no oceano.
Os conservacionistas acreditam que, ao lançar os pellets envenenados durante o inverno, quando os ratos estão mais famintos, será possível erradicar a população de roedores de maneira mais eficaz.
O sucesso desse projeto é essencial para restaurar o equilíbrio ecológico da Ilha Marion e proteger as aves que dependem de seu habitat único.
Mark Anderson, CEO da BirdLife South Africa, diz que é fundamental eliminar todos os ratos. Se apenas um casal sobreviver, eles podem se reproduzir e reiniciar o ciclo de destruição.
Os albatrozes-gigantes, conhecidos por suas imensas asas que podem chegar a até 3,5 metros, são aves marinhas de grande importância ecológica. Eles são encontrados principalmente no Hemisfério Sul, e sua presença é essencial para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos.
Esses animais são sensíveis às mudanças no ambiente marinho. Sua saúde e números refletem a qualidade dos oceanos e a abundância de recursos alimentares, funcionando como indicadores importantes da saúde ecológica dos mares.
Além disso, como predadores, os albatrozes-gigantes desempenham um papel na regulação das populações de peixes e outras presas marinhas. Eles ajudam a manter o equilíbrio das comunidades de organismos marinhos.
Ao se alimentar no mar e depositar suas fezes em ilhas e outras áreas costeiras, os albatrozes-gigantes ajudam a transferir nutrientes de volta para o ambiente terrestre, contribuindo para a fertilidade do solo.
Ainda, as aves marinhas ajudam a manter a biodiversidade nas áreas onde se estabelecem. Assim, sua presença pode influenciar a composição das comunidades de outros organismos.
Por fim, os albatrozes-gigantes são também importantes do ponto de vista cultural e científico. Eles possuem impressionantes habilidades de voo e comportamento social, e estudos sobre essas aves ajudam os cientistas a entender melhor os ecossistemas marinhos e as mudanças climáticas.
Assim, é essencial investir na manutenção da espécie, e se isso significa acabar com os roedores da Ilha Marion, esse será o plano principal.
Fonte: Terra, Wikipedia
Nenhum comentário:
Postar um comentário