Com investimento de US$ 50 milhões do Banco Mundial e aporte de US$ 12 milhões do Governo de Pernambuco, o programa deve contemplar cerca de 13 mil famílias rurais.
Os órgãos responsáveis pela execução do projeto, que alinha desenvolvimento econômico e preservação ambiental, serão o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). Ana Luiza Ferreira, secretária da Semas, explicou a importância da agroecologia para os sistemas florestais.
“Uma das nossas principais estratégias para a restauração florestal em Pernambuco são os sistemas agroflorestais. Então, para a gente não é simplesmente plantar árvores, de qualquer forma, a gente sempre prioriza programas de agroecologia e sistemas agroflorestais”.
Produção
Já para Ellen Viégas, presidente do IPA, é de suma importância que os pequenos produtores sejam inseridos no modelo de produção agroecológica, que se baseia na integração e aplicação de conceitos ecológicos e sustentáveis na produção de alimentos.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro, como feijão, arroz, milho, leite, batata, mandioca, são provenientes de produções familiares.
“Nós sabemos que não é barato e nem fácil para um pequeno produtor conseguir essa estrutura: comprar caixa entomológica, sistema de irrigação, mudas e sementes de produtos orgânicos para fortalecer os seus espaços”, explicou.
Assistência
As atividades práticas serão realizadas por meio do fornecimento de equipamentos, além de acompanhamento de assistência técnica continuada, para onde será direcionado maior parte do valor investido.
Além disso, o projeto conta com um orçamento direcionado à implementação de planos de trabalho produtivos, a exemplo de planos de meliponicultura(criação de abelhas e produção de mel), quintais produtivos e o desenvolvimento de trabalhos ligados à caprinocultura e ovinocultura.
Mapeamento
Sobre o processo de participação, as equipes do Pernambuco Agroecológico irão a campo analisar se as famílias identificadas tem interesse na iniciativa, além de identificar os perfis para cada atividade.
“O diagnóstico será a primeira etapa de execução e funciona para saber se aquela família tem interesse em participar e, segundo, para que a gente possa estudar o espaço dela e saber qual é a aptidão da região que ela vive e qual o interesse econômico dessa família em nível de sustentabilidade”, explicou Ellen Viégas.
VIA: FOLHA PE
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