O agente baiano da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Diego Dias Duarte, e o colega Raphael Ângelo Alves da Nóbrega, presos no último dia 7 de novembro em Natal (RN), em uma investigação da Polícia Federal (PF) contra o tráfico de drogas, atuaram para livrar um traficante de uma abordagem policial. As informações são do Metrópoles.
Conforme as investigações, o traficante José Heliomar de Souza foi flagrado portando ilegalmente uma arma de fogo, no dia 11 de dezembro de 2021, na cidade de Itapuã do Oeste, em Rondônia. No entanto, ele foi liberado logo após o policial baiano entrar em contato com um agente de plantão, alegando que o traficante era, na verdade, um informante, e que a situação dele deveria ser aliviada.
Ainda de acordo com o inquérito da PF obtido pelo Metrópoles, na ocasião, o traficante, conhecido como Léo, disse que conhecia o PRF Diego durante a abordagem policial. O agente, porém, não trabalhava no posto de Itapuã do Oeste.
A Polícia Federal conseguiu recuperar uma troca de mensagens que revelavam a intenção dos dos PRFs a favor do traficante. Em um dos áudios, ao saber da abordagem, Diego pergunta a Raphael se ele conhecia algum colega que pudesse "ajudar".
Em outro diálogo, o baiano diz que um colega de faculdade estava de plantão e "conseguiu ajudar" Heliomar. Ainda de acordo com a PF, Rapahel comentou que a intervenção 'rendeu pontos' com o traficante.
Pouco antes da abordagem policial, Diego e Raphael se encontraram com o criminoso e negociaram um valor para transportar droga. Conforme as investigações, eles fizeram a rota de Porto Velho (RO) a Navegantes (SC) entre os dias 12 e 14 de dezembro. Depois, os agentes retornaram para suas cidades: Diego para Feira de Santana (BA), e Rapahel para Natal (RN).
Uma semana depois, os colegas trocaram mensagens informando que queriam ganhar R$ 2 mil por quilo de cocaína transportada, mas reclamaram que os valores que estavam sendo negociados com o traficante estavam muito abaixo.
Funções no crime
Além de realizar o transporte de centenas de quilos de cocaína, os policiais também eram responsáveis por utilizar informações "sensíveis" e "sigilosas" para beneficiar a facção criminosa, como saber quando e onde aconteceriam as "blitzes" e operações, além de apontar rotas alternativas.
Heliomar, por sua vez, fornecia informações aos agentes da PRF sobre a atividade do tráfico de drogas na região, para que eles fizessem flagrantes contra traficantes que concorriam com o Comando Vermelho.
O traficante ficava com parte dos entorpecentes que, em alguns casos, correspondia a 30% das mercadorias. De acordo com a Polícia Federal, isso fez a organização criminosa crescer rapidamente, já que o criminoso lavava o dinhEiro do tráfico em um mercado uma locadora de carros e uma transportadora em Porto Velho.
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