sábado, 15 de fevereiro de 2025

Cientistas descobriram como tirar o medo do nosso cérebro

 

Todos nós temos medo de alguma ou várias coisas. O medo é uma resposta bem comum, principalmente, ao que tem relação com o risco de morte. Ele é natural e instintivo dos seres vivos, por isso difícil de controlar até mesmo pelos humanos, que são racionais. Por isso que o pavor sentido continua presente. Contudo, cientistas descobriram como tirar o medo do nosso cérebro.

Os neurocientistas do Sainsbury Wellcome Center (SWC) da Universidade College London, quiseram entender como ele age no cérebro. Como resultado, conseguiram descobrir os mecanismos cerebrais por trás do fenômeno e, também, compreender a forma como superar esse instinto. Ou seja, eles descobriram como tirar o medo do cérebro.

Para essa descoberta, fizeram testes com, aproximadamente, 100 camundongos. Esses animais ficaram num espaço com abrigo disponível e quando saíam para explorar o lugar, eram expostos a sombra de um pássaro, um predador que aumentava de tamanho.

Naturalmente, a resposta deles foi voltar para o abrigo imediatamente, mas depois de 50 vezes, os camundongos perceberam que a sombra não era um perigo real e pararam de se esconder.


Tirar medo do cérebro

Olhar digital

Com isso, os pesquisadores viram que os ratos ainda sentiam a presença da sombra, mas aprenderam a viver com ela porque controlaram o instinto.

O estudo acompanhou essa evolução dos camundongos e identificou onde o cérebro armazena memórias para ignorar medos instintivos. Isso acontece no núcleo geniculado ventrolateral (vLGN), que é um local pouco estudado.

Antes dessa descoberta, os cientistas acreditavam que tudo estava restrito ao córtex visual. Agora, após a descoberta dessa função, eles pensam que podem tirar o medo do cérebro.

O próximo passo é fazer o estudo dos circuitos cerebrais em humanos, mas não existe um prazo para isso ser feito. Segundo Sara Mederos, autora principal do estudo, o trabalho feito por eles pode trazer avanço nos tratamentos de transtornos relacionados ao medo, como por exemplo, fobias, ansiedade e o TEPT – transtorno de estresse pós-traumático.

O objetivo é acessar essa parte do cérebro e mostrar que, muitas vezes, o medo não tem justificativa para existir. Isso pode ser feito através de medicamentos, estimulação profunda do sistema nervoso ou ultrassons funcionais.

“Os humanos nascem com reações instintivas de medo, como respostas a ruídos altos ou objetos que se aproximam rapidamente. No entanto, podemos substituir essas respostas instintivas por meio da experiência – como as crianças aprendendo a gostar de fogos de artifício em vez de temer seus estrondos”, concluiu Mederos
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