quarta-feira, 26 de março de 2025

Pesquisadores afirmam ter identificado uma 'cidade subterrânea' sob as Pirâmides do Egito

 

Um grupo de pesquisadores da Itália e da Escócia afirma ter identificado uma rede de mais de 1.980 metros de estruturas subterrâneas sob as Pirâmides de Gizé, no Egito. A equipe utilizou um radar de alta frequência para mapear o local.

As três pirâmides mais importantes de Gizé são as de Quéops, Quéfren e Miquerinos. Segundo Nicole Ciccolo, porta-voz do projeto, a pesquisa revela oito enormes formações semelhantes a pilares, além de inúmeras estruturas significativas enterradas sob a base de Quéfren.

Oito supostas colunas sob a base da Pirâmide de Quéfren, segundo os pesquisadores | Foto: Reprodução/Redes sociais

A equipe alega que outras formações se espalham por toda a base das construções, alcançando quase 2 mil metros de profundidade. O radar localizou poços cilíndricos de 640 metros conectados a duas câmaras cúbicas gigantes, de 80 metros cada uma. Juntas, elas têm volume dez vezes maior que o das pirâmides

Ciccolo argumenta que o “estudo redefine os limites da análise de dados via radar e da exploração arqueológica”. Para ela, “essas descobertas podem redefinir nossa compreensão da topografia sagrada de Gizé”.

Apesar da repercussão mundial, a pesquisa foi apresentada em um artigo na revista acadêmica Remote Sensing em 2022. O tema ganhou nova atenção depois de uma palestra recente sobre o assunto na Itália.

Estudo sobre as pirâmides gera controvérsia na comunidade científica

A descoberta gera controvérsia na própria comunidade científica. De acordo com Zahi Hawass, egiptólogo e ex-ministro de Antiguidades do Egito, a alegação de uso de tecnologia de radar nas pirâmides é completamente falsa.

Em entrevista ao jornal The National, Zahi ressalta que tanto as declarações quanto a técnica empregada pelos pesquisadores estão “completamente erradas”.

Paralelamente, o professor Lawrence Conyers, da Universidade do Arizona, também questiona a ideia de que as ferramentas atuais sejam capazes de detectar objetos com precisão em profundidades extremas.

Luiz Batistela / Revista Oeste

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