Imagine escavar pedras antigas e dar de cara com um relato bíblico. Foi isso que arqueólogos fizeram ao descobrir vestígios da famosa Piscina de Siloé, em Jerusalém, o local onde, segundo o Evangelho de João, Jesus devolveu a visão a um homem cego de nascença.
Uma engenharia milenar
A escavação revelou um impressionante muro de contenção com cerca de 2.800 anos de idade. Ele tem mais de 12 metros de altura, quase 20 metros de comprimento e 8 metros de largura. Essa estrutura fazia parte da antiga engenharia hidráulica que redirecionava água da Fonte de Giom até o reservatório de Siloé. A datação foi confirmada pela análise de radiocarbono em fragmentos de argamassa, galhos e gravetos encontrados no local.
Degraus que contam uma história
Além do muro, os pesquisadores identificaram uma escadaria que permitia acesso ao reservatório, indício clássico de que aquele espaço era usado tanto como captação de água quanto como local para purificação ritual, um uso que se encaixa com relatos judaicos antigos e com o relato bíblico de João.
A Cidade de Davi se ilumina
O sítio está situado na Cidade de Davi, no sul da antiga Jerusalém. Ali, a água que vinha da Fonte de Giom chegava ao tanque por meio do famoso Túnel de Ezequias, uma obra monumental de engenharia do Reino de Judá, construída para proteger o abastecimento de água durante cerco.
Texto sagrado encontra arqueologia
O milagre narrado no Evangelho de João agora tem um cenário real. O local deixou de ser apenas simbólico e passou a ser concreto, com degraus, reservatório e evidência material.
Fonte: Aventuras na História

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