sábado, 27 de dezembro de 2025

Tragédia anunciada com animais soltos na PE-292 volta a colocar vidas em risco no sertão de Pernambuco

 

Mais um acidente envolvendo animais soltos às margens de rodovias foi registrado em nossa região reforçando um problema antigo e recorrente. Desta vez, o caso ocorreu na PE-292, que liga Iguaracy a Afogados da Ingazeira, envolvendo o casal Agenildo Moura e Rivonete Veras, que escapou de uma tragédia maior por circunstâncias consideradas providenciais.

De acordo com informações repassadas por Matheus Veras, filho das vítimas, o acidente aconteceu por volta das 18h, logo após o Motel Talismã, em um trecho conhecido por curvas acentuadas e marcado por cruzes às margens da pista. O casal seguia para Afogados da Ingazeira, onde participaria da Ordenação do iguaraciense Walter Rocha, quando se deparou com uma verdadeira manada de cavalos solta na rodovia.

O veículo acabou colidindo com um dos animais, por sorte, atingiu um dos menores, que morreu no local devido ao impacto. Apesar da gravidade da situação, não houve ferimentos graves. Rivonete Veras foi socorrida para uma unidade hospitalar após sofrer uma pancada na perna, mas passa bem, segundo Matheus.

Imagens enviadas à redação mostram a quantidade de animais soltos, evidenciando o risco constante a que motoristas estão expostos. O episódio reacende o debate sobre a responsabilidade dos donos dos animais e a ausência de punições mais rigorosas.

Opinião -
 Eu costumo afirmar que as mortes, assim como os danos físicos, psicológicos e materiais provocados por animais soltos nas rodovias, só irão acabar quando houver leis verdadeiramente severas. Na minha opinião, não haveria medida mais eficaz do que responsabilizar criminalmente os proprietários desses animais por homicídio doloso nos casos de morte, ou por tentativa de homicídio quando o episódio resultar apenas em danos materiais.

Ressalto o caráter doloso porque manter animais soltos às margens de pistas onde veículos trafegam em alta velocidade não pode ser tratado apenas como negligência ou imprudência. Quem age dessa forma conhece plenamente o risco de colisão e, ao permitir que o animal permaneça solto, assume conscientemente o risco de provocar uma tragédia.

Que as autoridades políticas, incluindo Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional, adotem medidas urgentes e criem leis mais duras para responsabilizar os proprietários de animais soltos em rodovias. A pergunta que permanece é até quando vidas continuarão sendo colocadas em risco antes que providências efetivas sejam tomadas.

VIA: BLOG TV WEB SERTÃO

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