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sábado, 23 de março de 2019

Dinheiro desviado por Temer garantiria Bilhete Único do RJ por 4 anos

Juiz federal Marcelo Bretas autorizou permanência de Temer na sede da PF em sala diferenciada
Juiz federal Marcelo Bretas autorizou permanência de Temer na sede da PF em sala diferenciada - 
Rio - A quantia de R$ 1,8 bilhão desviada, segundo a Lava Jato, pelo grupo liderado por Michel Temer (MDB), daria para melhorar bastante a vida da população. Caso fosse destinada ao Rio de Janeiro, poderia garantir por quatro anos o subsídio do Bilhete Único, que beneficia 5 milhões de pessoas e já correu risco de descontinuidade. Ou construir 18 mil casas populares, reduzindo o déficit habitacional de 400 mil moradias do estado. E equivale ao orçamento da Uerj e da Uezo juntas, universidades que sofrem falta de investimentos. As estimativas são do gabinete do deputado estadual Flávio Serafini (Psol).
"Esse processos de corrupção geraram prejuízo pelos recursos desviados e pela reorientação de políticas públicas que poderiam ter beneficiado, e muito, a população", disse Serafini. Ele ressaltou que a Uerj ficou mais de três meses sem funcionar devido a atrasos salariais.
O engenheiro de transportes Alexandre Rojas, professor da Uerj, estima que o montante seria suficiente para expandir a Linha 2 do metrô entre Estácio e Carioca, passando pela Praça da Cruz Vermelha, cujo projeto é de 1968. Embora a precisão dos custos dependa de estudos, Rojas acredita que pelo menos seria um bom aporte para viabilizar uma parceria público-privada. "Esse trecho poderia aumentar a capacidade da Linha 2 em 30%, aliviando o sistema", ressaltou. 
Segundo o Tribunal de Contas do Município do Rio (TCM-RJ), o valor é o necessário para arcar, por 28 meses, com todas as 1.242 equipes de saúde da família contabilizadas em 2018 — cada uma delas tem custo mensal de R$ 52 mil. Em novembro, a Prefeitura do Rio anunciou o corte de 184 destas equipes, além de 55 de saúde bucal, alegando falta de recursos.
De acordo com o vereador Luiz Carlos Ramos Filho (Pode), outra possibilidade seria construir 225 clínicas da família. Para se ter uma noção do montante, R$ 1,8 bilhão custeia os salários de servidores e inativos do município por seis meses. "É como se durante um semestre parasse um caminhão na porta do banco e roubasse todo o dinheiro dos salários dos servidores e dos inativos", comparou o parlamentar.
Levantamento feito pelo gabinete do deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) aponta que a cifra serviria para construir 1.436 escolas-padrão com seis salas de aula e quadra coberta para 180 alunos por turno para Ensino Fundamental. Outras opções seriam adquirir 10.588 ambulâncias simples ou 849 tomógrafos. "Com R$ 1,8 bilhão a vida das pessoas poderia ter sido melhor. É muito grave que esse dinheiro da quadrilha chefiada por Temer não tenha chegado a hospitais, escolas e em segurança pública", comentou Molon.
Fonte: O DIA

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