sexta-feira, 31 de maio de 2019

Homofobia: jovem é brutalmente agredido e pessoas se mobilizam para ajudá-lo

Na noite do dia 8 de dezembro de 2018, o estudante Jefferson Anderson Feijo da Cruz, 22 anos, foi brutalmente agredido. Motivo? Homofobia. Com graves sequelas desta agressão, hoje, seu estado exige cuidados máximos que não podem ser custeados pelos pais. Para ajudar no tratamento do Jefferson, a família, juntamente com outras pessoas sensibilizadas pela sua história, criaram uma vaquinha virtual.
Jeff, como é chamado carinhosamente por todos que o conhece, saiu com os amigos para celebrar a sua aprovação de mais um ano letivo. Se reuniram na praça da cidade, em Moreno, Pernambuco, para conversarem e se divertirem. Em um determinado momento, por volta das 2h30 da manhã, o estudante informou aos amigos que iria ao banheiro e que já voltava. O estudante demorou para voltar. Os amigos deram falta dele e foram procurá-lo.
Até que o acharam, embaixo de uma laje, desacordado, ensanguentado, sem roupa, sufocando no próprio sangue. Jeff foi assaltado e brutalmente agredido, deixado para morrer sozinho. Seus amigos chamaram o Samu e o mesmo foi levado para o hospital. Chegando lá, o médico o transferiu para o HR (Hospital da Restauração) em Recife, pois seu estado era muito grave”, informa o texto publicado na página do Facebook Lute como Ele, criada por Robhério Limma, defensor do movimento LGBT+ e que abraçou a causa apadrinhando o Jefferson para ajudá-lo nesta luta.
jovem vítima homofobia ajudado desconhecidos
Devido à brutalidade da agressão, foram constatadas várias lesões no corpo como no pulmão e traumatismo craniano. “Ele estava com um coágulo que comprimia o cérebro e teve que ser operado às pressas. Jeff passou quase um mês em coma”, diz o mesmo texto.
Após um mês em coma, Jefferson acordou, mas não era mais o mesmo. Não falava, não andava e nem expressava reações. Precisou fazer uma traqueostomia para melhorar sua respiração e só se alimentava por sonda. Depois de cinco meses internado, ele recebeu alta.
jovem vítima homofobia ajudado desconhecidos
Seu estado exige cuidados máximos que não podem ser custeados por seus pais e amigos. Ele precisa de aparelhos específicos, de uma enfermaria em casa, pois vai sair traqueostomizado. O mesmo precisará de alimentação especial, fraudas, fisioterapia. Mesmo de alta ainda não foi embora, pois precisa montar enfermaria em casa.”

O que diz a família do Jefferson

Conversamos com o pai do Jefferson, o senhor Marcos Cícero da Cruz, 53 anos. Ele relatou que está sendo tudo muito difícil, porém, tem recebido apoio de todos os lugares do país, e isso tem ajudado-os a ter mais força.
A gente vê um menino de 22 anos, com a vida inteira pela frente, do bem, que não tinha problemas com ninguém, de repente passar por isso. Mas graças a Deus muita gente está nos ajudando de várias formas, quando não é com doação, é com a divulgação da vaquinha, ajudando em orações. Tudo que for feito em prol dele está sendo uma benção”.
jovem vítima homofobia ajudado desconhecidos
jovem vítima homofobia ajudado desconhecidosEle informou também que tem muita fé de que o filho vai se recuperar.
Ele vai voltar a ser aquele menino extrovertido, sorridente, bom amigo. Se deixar, eu passo a dia inteiro falando das qualidades do meu filho. O meu sentimento não é de raiva, nem de revolta, não quero que façam o mesmo com o agressor, não quero o mal dele, até porque, do outro lado vai ter também familiares que iriam passar pela mesma coisa que nós. Só desejamos justiça e que ele pague pelo o que fez com o meu filho“.

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