Segundo a Polícia Judiciária Civil, primeiro a mãe da menina registrou um boletim de ocorrência no domingo (26) dizendo que na sexta-feira (24) ela havia fugido de casa, no Bairro São Geraldo, em Porto Alegre do Norte (1.140 km de Cuiabá), após uma discussão com a mãe e havia desaparecido.
No domingo (26), porém, a menina teria ido até em casa num momento em que a mãe tinha saído para procurá-la, pegado algumas roupas, e saído novamente.
Desde a denúncia, a Polícia Civil vinha investigando o caso. Nessa quarta-feira (29) recebeu informações de familiares de que a menina estava no Bairro Jockey Clube, em Confresa, sendo mantida em cárcere privado e sendo obrigada a vender drogas.
Uma equipe da PJC foi até o local indicado na denúncia e encontrou a menina, que contou que a mãe a tinha obrigado a entrar em um carro e a levou até Confresa, onde, sob ameaça, a vinha mantendo em cárcere privado.
Em Confresa, a mãe também vinha obrigando a filha a manter relações sexuais com vários homens, em troca de dinheiro. A mãe usava o dinheiro para comprar drogas, que depois fazia a filha vender, sob a ameaça de matá-la caso não obedecesse às ordens.
A mãe foi presa e encaminhada para a Delegacia de Confresa, onde foi interrogada e autuada em flagrante por sequestro e cárcere privado, exploração sexual infantil e tráfico de drogas, além de falsa identidade, uma vez que se apresentou com outro nome aos policiais.
A suspeita possui passagens criminais anteriores, já tendo sido presa por furto em 2019 e estava em liberdade provisória.
“Diante da gravidade dos crimes cometidos, de ter submetido criança a se explorar sexualmente, aliado ao tráfico de drogas e ao sequestro, foi representado pela conversão da prisão em flagrante da suspeita em preventiva”, disse o delegado Allan Vitor Sousa da Mata, que estava investigando o caso.
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