sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Casamento coletivo no Presídio de Igarassu une 32 casais

                    O casamento coletivo aconteceu na manhã desta quinta-feira (25) / Foto: Márcia Galindo/Seres
                              O casamento coletivo aconteceu na manhã desta quinta-feira (25)
                                                                 Foto: Márcia Galindo/Seres
JC Online

A união de 32 casais foi celebrada em um casamento coletivo na manhã desta quinta-feira (25), no Presídio de Igarassu (PIG), localizado na Região Metropolitana do Recife (RMR). O enlace ocorreu no espaço ecumênico do local e contou com bolo de noiva, buquê e trajes tradicionais.
Para participar do evento, os socioeducandos e suas noivas passaram por entrevistas e tiveram seu comportamento avaliado pelo setor psicossocial da unidade prisional. A ornamentação da festa ficou por conta do trabalho de detentos voluntários do PIG.
O ato, iniciativa da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), ligada à Secretaria de Justiça de Direitos Humanos (SJDH), reuniu cerca 130 familiares dos noivos, que também são voluntários na ação.
A celebração religiosa foi conduzida pelo pastor Elízio José da igreja evangélica Casa da Benção em Rio Doce, Olinda. A Defensoria Pública do Estado foi responsável pelo aporte jurídico aos noivos que foram isentos dos custos cobrados pelo cartório para o casamento. O subdefensor de causas coletivas Rafael Alcoforado também esteve presente.

O ato reuniu cerca 130 familiares dos noivos, que também são voluntários na ação
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A artesã Rejane Maria, de 45 anos, e o detento Gabriel Pereira, 30, oficializaram a união na cerimônia. O casal está junto há três anos. Gabriel cumpre pena há dois. “Com certeza é um sonho que se realiza, eu mesma criei meu vestido de crochê, e mesmo que meu marido tenha um passado errôneo, acredito que nosso casamento pode transformar sua vida”, disse a noiva.

'Aproxima a família'


O detento Robert William, 23, está há dois anos na unidade prisional. Ele casou com a vendedora Ana Maria, 37, com quem mantém relacionamento há cerca um ano. “Oficializar nosso relacionamento é importante porque me aproxima da família. Tenho planos de trabalhar e viver honestamente quando sair da prisão. Sei que o recomeço é difícil, mas o nosso amor é o primeiro passo e fio condutor da mudança”, disse Robert.
“Todas as ações que promovam a integração familiar dos detentos são muito bem vindas, essa é mais uma oportunidade para que os reeducandos constituam e, se for o caso, restabeleçam os laços familiares. Os resultados positivos repercutem na vida deles e na rotina do Sistema Prisional”, disse o secretário-executivo de Ressocialização Cícero Rodrigues.

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