O vice de Jair Bolsonaro (PSL), general Antônio Hamilton Mourão, defendeu na última quarta-feira (26/09) o fim da estabilidade no serviço público. A declaração foi dada em um evento no Rio Grande do Sul, na Associação Rural do município de Bagé.
Mourão questionou “por que uma pessoa faz um concurso e no dia seguinte está estável no emprego?”. Segundo ele, a pessoa, depois que passa no concurso “não precisa mais se preocupar”.
Realmente, deve ser a oitava maravilha do mundo, para qualquer pessoa, não ter mais preocupações na vida né? Mas a vida de todos os brasileiros e brasileiras, servidores públicos ou da iniciativa privada, sempre foi uma luta. E Mourão e Bolsonaro, cada vez mais, mostram que não sabem o que fazer para melhorar a vida dessas pessoas. Tenham elas estabilidade no serviço ou um emprego no setor privado.
Não custa lembrar, mas nos últimos dias Mourão também afirmou a possibilidade de se acabar com o décimo terceiro Salário, ou de rever as políticas do Bolsa Família.
A declaração de Mourão não deixa de ser curiosa também, se notarmos que ele é general da reserva – um militar em situação de estabilidade, que escolheu essa importante carreira e contou com esse benefício a partir dos dez anos de tempo de efetivo serviço.
Não é esse tipo de declaração, de político e de políticas que nós queremos para o Brasil. Pelo contrário, queremos gente que se preocupe com todos os brasileiros e brasileiras – e não que ataque os direitos dos mais variados grupos, com base no ódio e no preconceito, a fim de ganhar a simpatia de um ou outro segmento.
Jogo combinado?
Aliás, o leitor já reparou como a dupla Mourão-Bolsonaro vem atuando? Um fala o outro desmente. Um fala, o outro desmente. Você não acha que tem alguma coisa por trás dessa forma de agir? Afinal, se eles discordam tanto assim, por que um é vice do outro? Por quê o outro escolheu o primeiro de vice?
Aliás, o leitor já reparou como a dupla Mourão-Bolsonaro vem atuando? Um fala o outro desmente. Um fala, o outro desmente. Você não acha que tem alguma coisa por trás dessa forma de agir? Afinal, se eles discordam tanto assim, por que um é vice do outro? Por quê o outro escolheu o primeiro de vice?
Será que não estão fazendo de propósito para conseguir se manter em destaque na mídia de forma espontânea – e garantir que falem sobre eles, bem ou mal, mal ou bem, mas falem sempre?
Voltando à palestra em Bagé, Mourão aproveito a ocasião para critiar o “ambientalismo xiita” e a “hegemonia do politicamente correto”. E mostrou uma das ideias brilhantes que a equipe dele e de Bolsonaro pretendem adotar se chegarem ao Palácio do Planalto: acabar com as campanhas de vacinação: “Por que preciso gastar dinheiro com uma campanha de vacinação? Todo mundo tem celular, basta mandar uma mensagem: ‘vacine seu filho hoje'”. Dá para acreditar?
Para coroar de forma especial sua incursão ao município, um Landau 1972 aguardava Mourão do lado de fora do evento em que nos brindou com todas essas pérolas. O automóvel pertenceu a Emilio Garrastazu Médici, o presidente militar (1969-1974) responsável pela fase mais violenta e dura da ditadura militar de 1964, natural de Bagé.
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